Vídeos educativos de oficina culinária para incentivo da alimentação saudável em Unidades Básicas de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Sanicler Campos
Orientador(a): Pina, Marina Garcia Manochio
Banca de defesa: Maníglia, Fabíola Pansani, Sarrassini, Felícia Bighetti
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2491
Resumo: A oficina culinária pode ser uma estratégia fundamental na promoção da saúde, pois visa desenvolver ou aprimorar habilidades para a autonomia no preparo da refeição. O objetivo foi produzir vídeos educativos de oficina culinária para serem utilizados em Unidades de Saúde de Atenção Primária, bem como avaliar sua efetividade no incentivo da alimentação saudável e identificar as principais dificuldades para a prática de uma alimentação saudável. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa, de caráter longitudinal, por meio de vídeos educativos de oficina culinária com usuários entre 18 e 60 anos de ambos os sexos, cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde da Família do interior de SP, que em suas residências são responsáveis pela aquisição e/ou preparo das refeições de sua família. Foram gravados quatro vídeos com conteúdo estabelecido com 10 minutos de duração cada. No primeiro momento, foi realizada a seleção e produção das receitas para o teste piloto e aplicação de um teste de aceitabilidade. No segundo momento, o recrutamento e convite aos usuários da UBS; a explicação; apresentação dos vídeos educativos, degustação das amostras das receitas e aplicação dos questionários de identificação pessoal, consumo e hábitos alimentares, satisfação e efetividade dos vídeos educativos. Os dados foram coletados entre os meses de março e abril de 2019. Para análise dos dados utilizou-se o Teste de McNemar, a estatística Mann Whitneyd9. Dos 44 usuários que participaram dos vídeos educativos, a maioria do sexo feminino, 12 concluíram o ciclo dos quatro encontros e responderam a todos os questionários da pesquisa. Os vídeos foram considerados de fácil entendimento (95,0% a 100,0%). Constatou-se que os usuários que assistiram a mais vídeos (2,48 ± 1,22) apresentaram alterações significativas no comportamento alimentar (1,81 ± 1,05; p=0,0364), notou-se melhora no aproveitamento máximo dos alimentos (p=0,225), redução do hábito de fazer as refeições fora do lar (p=0,532) e leitura dos rótulos (p=0,016). Observou-se uma mudança significativamente positiva (p=<0,001) em relação a saber cozinhar, na restrição ao uso de temperos industrializados (p=0,058) e no uso de adoçantes (p=0,297). Em relação a frequência no consumo de frutas, legumes e verduras, (42,12%) deles aumentaram seu consumo, verificou-se uma redução no consumo de produtos industrializados de (29,54%) para (10,52%) três vezes por semana. Quanto à efetividade dos vídeos educativos, constatou-se que foram relevantes para aquisição de hábitos e escolhas alimentares mais saudáveis; contribuíram positivamente com propostas de substituições de ingredientes. Verificou-se que as dificuldades citadas pelos participantes foram falta de tempo e planejamento para o preparo da sua própria refeição e excesso no consumo de produtos industrializados. Este estudo demonstrou que os vídeos educativos de oficina culinária podem ser uma estratégia eficaz na promoção da saúde, como incentivo para direcionar as ações de educação em saúde especialmente ao público que utiliza as Unidades de Saúde. Entretanto, destaca-se a necessidade de mais estudos nessa área. Palavras-chave: Alimentação saudável. Oficina culinária. Promoção da saúde