Promoção de saúde na atenção terciária: a atuação do profissional de enfermagem em um hospital de Uberaba (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Alves, Marlúcio Anselmo lattes
Orientador(a): Andrade, Mônica de lattes
Banca de defesa: Mestriner, Soraya Fernandes lattes, Rocha, Semíramis Melani de Melo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/842
Resumo: A promoção de saúde está centrada em políticas públicas saudáveis, criação de ambientes favoráveis à saúde, reforço da ação comunitária, empowerment, desenvolvimento de habilidades pessoais e reorientação dos serviços de saúde, como estratégias integradas para interferir positivamente no conjunto dos determinantes da saúde. Supondo que a forma de lidar com informações em saúde, prevenção de doenças e cidadania deve ser o diferencial de práticas inovadoras, pode-se considerar a atenção terciária como uma importante e propícia área para a promoção de saúde através da prática educativa em saúde. É uma oportunidade de desenvolver uma prática fundamentada na visão holística do ser humano e de sua capacidade de cuidar-se com conhecimentos próprios através de trocas de experiências para novas práticas de saúde. Neste estudo, descritivo, foi feito uma descrição de como o enfermeiro da atenção terciária tem desenvolvido sua prática educativa e o tempo empregado nesta prática em um hospital universitário. Foi utilizada a observação não participante com participação passiva nos meses de janeiro a abril de 2008. Os resultados obtidos demonstram que o enfermeiro tem utilizado pouco tempo da sua atuação diária com ações de informação ao paciente e família, aproximadamente 10 minutos de sua jornada de trabalho. Esta prática tem seguido uma linha tecnicista e prescritiva, as atividades educativas aconteceram em dois campos: educação ao paciente e aos profissionais de enfermagem. As atividades de ordem técnica e administrativa foram priorizadas na prática diária do enfermeiro, a sua prática educativa com o paciente e sua membros de sua família foram mais freqüentes na admissão e na alta na unidade de internação e mais raras na consulta de enfermagem e nas informações e orientações do estado de saúde ao paciente e sua família. Os resultados demonstraram que esse profissional tem se afastado do desempenho da construção de novas formas de produzir saúde, promovendo ações de caráter individual. As práticas de atenção à saúde estão excessivamente centradas na doença, na assistência curativa e na intervenção medicamentosa. Com uso de práticas impositivas, prescritivas de comportamentos “ideais” desvinculados da realidade e distantes dos sujeitos sociais, tornados objetos passivos das intervenções, bem como realizando atividades que não interligam o conceito ampliado de saúde aos conceitos de saúde do paciente e família bem como sua integração a outros órgãos sociais. Palavras-chave: atenção terciária; enfermeiro; educação em saúde; promoção de saúde.