Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Kusano, Leila Akemi Evangelista
 |
Orientador(a): |
Ribeiro, Vanda Mendes
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade da Cidade de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Formação de Gestores Educacionais
|
Departamento: |
Pós-Graduação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/291
|
Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo analisar a implementação do Programa Saúde na Escola (PSE) em uma escola pública, em Brasília. O PSE é uma política pública que propõe a integração e articulação permanente da educação e da saúde, com o objetivo de proporcionar ao estudante uma formação integral através de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde. Foram levantadas referências em bases de dados e eventos da área sobre implementação de políticas públicas, documentos sobre o PSE, bem como realizadas entrevistas com agentes implementadores do Programa. A fundamentação teórica pautou-se em textos sobre implementação de políticas públicas: Lipsky (2010), Struyk (2007), Wu et al. (2014) e Lotta (2014). A literatura estabelece alguns fatores que são identificados como facilitadores no processo de implementação, tais como: suporte de liderança; características da política; disponibilidade de recursos; quantidade de profissionais envolvidos; aceitação dos beneficiários; troca de experiência entre os agentes implementadores; experiências exitosas anteriores e local a ser implementado. Há também evidências da literatura a respeito de fatos que podem dificultar o processo de implementação: problemas políticos e de gestão, dificuldades organizacionais e problemas de execução. Para a análise das entrevistas foram realizadas duas etapas. Na primeira, foi utilizado o software livre IRAMUTEQ, que validou o material com obtenção de 89,42%, e classificou em sete grupos as palavras referentes aos campos lexicais. A análise permitiu interpretar que o entendimento dos agentes burocratas sobre o PSE se restringe às atividades de sala de aula. E que os implementadores reconhecem a relevância do Programa para os beneficiários. Na segunda etapa, fez-se análise manual dos conteúdos, com base em Bardin (2016). A classificação das mensagens das entrevistas permitiram chegar a quatro categorias a posteriori: conhecimento sobre o Programa; entrosamento, prioridade e coordenação; distribuição dos benefícios, reconhecimento e merecimento; e falta das condições financeiras. Os implementadores conhecem aspectos de promoção à saúde dos estudantes e de prevenção contra doenças e problemas típicos dessa fase, como a gravidez precoce. A percepção de procedimentos de integração entre as equipes das áreas de saúde e educação é limitada. Nota-se certa fragilidade na relação entre as duas equipes (saúde e educação), problemas de comunicação e tensão entre as partes envolvidas, devido à falta de recursos humanos e à sobrecarga de trabalho. Os agentes implementadores reconhecem o público que mais necessita das ações do programa: adolescentes e jovens que vivem em situação de alta vulnerabilidade e convivem com problemas como drogas e gravidez precoce. E validam os contéudos do Programa como benéficos para todos os adolescentes e jovens que, nessa etapa da vida, são como “esponjas”. Afirmam que a falta de recursos financeiros limita as possibilidades de desenvolvimento das ações do PSE. Diante das considerações desta pesquisa, sugere-se a elaboração de um projeto de extensão na escola, com objetivo de dar maior clareza aos agentes implementadores sobre a proposta do PSE e melhorar a comunicação e intersetorialidade entre a escola e a UBS. |