Cabeça Dinossauro e Nheengatu: uma leitura bakhtiniana das letras de música dos Titãs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Cláudia de Fátima lattes
Orientador(a): Ludovice, Camila de Araújo Beraldo lattes
Banca de defesa: Marchezan, Renata Maria Facuri Coelho lattes, Ferreira, Fernando Aparecido lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/438
Resumo: Nos anos 1980, o Brasil passava pelo período pós-ditatorial e em 1985, pela abertura democrática. Nesse cenário, a banda paulistana Titãs lançava o LP Cabeça Dinossauro, com letras de cunho crítico, ideológico e irônico, diante das instituições Igreja, Estado e Família. Em 2015, a banda lançou o CD Nheengatu, com críticas às mesmas instituições. O objetivo deste estudo é investigar de que maneira as letras mantêm relações dialógicas entre si e com o corpo social em tempos e locais distintos, a partir das reflexões do filósofo russo Mikhail Bakhtin. Os enunciados marcam o contexto histórico, político e social em épocas distintas. As composições versam sobre questões sociais por meio das letras de “Polícia”, “Família”, “Igreja”, “Flores pra Ela”, “Fardado” e “Senhor”. Diante disso, as letras serão analisadas a partir de uma análise qualitativa, em meio às questões dialógicas. Para o suporte teórico, as considerações de Bakhtin (2006) trazem a ideia de que os discursos representam uma alteridade constitutiva, entendendo que os juízos de valor expressos por um locutor incorporam os discursos alheios. Assim, para uma assimilação interpretativa, o diálogo entre as letras ocorrem a partir das inserções ideológicas em relação ao contexto histórico e social vivido pelos autores e transmitido aos contempladores para uma assimilação interpretativa. Tem-se como conclusão, portanto, que, em tempos e espaços distintos, embora tenha havido diferenças entre as situações que regem as relações nas instituições analisadas, há muitas similitudes entre elas e que os locais de poder praticamente continuam os mesmos, ainda que cronótopos distintos.