Psicologização da queixa escolar: o que pensam os professores sobre “aluno problema”?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cedro, Aline lattes
Orientador(a): Novaes, Adelina de Oliveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Educação
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4107
Resumo: Com o propósito de compreender o significado atribuído por docentes ao termo “aluno problema”, a pesquisa consultou 76 professores da rede municipal de ensino fundamental 1 da cidade de Arujá no estado de São Paulo, sendo que, 71 responderam a um questionário e 5 responderam à entrevista orientada por roteiro semiestruturado, isto, com o intuito de acessar crenças docentes as quais motivam práticas de encaminhamento do “aluno problema” a profissionais da saúde e, sobretudo, a profissionais psi. A introdução oferecerá um apanhado histórico sobre a participação de cientistas europeus no processo de validação de testes de inteligência e demais influências destes no formato inicial da escola brasileira, além de, apresentar as primeiras formas de assistencialismo direcionadas as famílias de alunos difíceis. Subsequente, e luz de Freitas (2012); Lima (2018); Patto (2015); Mantovaninni (2001); Carvalho (2000); e Cury (2002), serão apresentadas convicções culturais e científicas rumo ao entendimento do nível de inteligência da criança perante o processo de aprendizagem, tendenciando, à estigmatização. A inspiração na Teoria da Representações Sociais (TRS) abordará o processo de constituição de conhecimentos por meio do senso comum e a formação da estrutura do conhecimento congregando assim, a abordagem processual e estrutural em TRS que, de acordo com Moliner e Guimelli (2015), a classificação é teórica, contudo, em diferentes tipos de pesquisas, as abordagens se combinam. (JOCHEVCLOVITCH, 2008; JODELET, 2001, 2014, 2017; ABRIC, 2001, MOSCOVICI, 2017; SÁ,1996, 1998; SPINK, 1993). As informações produzidas por meio de pesquisa de campo, foram sistematizadas e posteriormente processados mediante estatística computacional de análise de similitude, análise prototípica e nuvem de palavras, recorrendo-se ao software Iramuteq. Os resultados obtidos revelaram que, para os professores investigados, o termo família está associado a desarranjos comportamentais e, consequentemente, a não apreensão dos conteúdos escolares por alunos tidos como problemáticos. Deste modo, tornou-se evidente que, a crença focalizada a cerca de 90 anos permanece ativa no repertório dos participantes.