Um olhar para o EMAI sob a ótica da educação matemática crítica e da educação CTS

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Lopes, Valdinéia Prates Ribeiro
• Orientador(a): Maciel , Maria Delourdes
• Banca de defesa: Maciel, Maria Delourdes , Lopes, Celi Aparecida Spasandin
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Educação matemática crítica; Educação CTS; Anos iniciais e gráficos
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM::METODOS E TECNICAS DE ENSINO
• Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4151

A Matemática sempre desempenhou importante papel na sociedade, e isso tem sido observado cada vez mais nos currículos escolares. Sendo assim, faz-se necessário perceber a relevância de ensinar uma Matemática Crítica desde os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a fim de permitir que o estudante possa utilizar os conhecimentos matemáticos em suas atividades diárias, ou seja, o ensino precisa ser contextualizado e estimular o desenvolvimento do pensamento crítico. Esta pesquisa procurou responder à seguinte questão: as atividades de gráficos e tabelas abordadas no EMAI contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes, como propõem a Educação Matemática Crítica e a Educação CTS? Esta investigação se justifica a partir das recentes avaliações em larga escala, em específico o SARESP1 , na edição de 2019, em que a média da Rede Estadual Paulista na prova do 3.º ano do EF foi igual a 212,9, sendo classificada no nível Adequado, no entanto nessa edição, no que se refere à análise das questões que envolveram a leitura de tabela e a identificação de dados nela apresentados, o índice de acerto ficou abaixo dos 50%, indicando a necessidade de fortalecimento dessa habilidade. Como objetivo buscou-se verificar de que forma as atividades de gráficos e tabelas, propostas no EMAI, podem favorecer a construção do pensamento crítico dos estudantes. O estudo pautou-se pela abordagem qualitativa do tipo documental. Analisaram-se as atividades de Gráficos e Tabelas propostas no Material Curricular EMAI (Educação Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental), em específico os cadernos que compreendem ao Ciclo de Alfabetização (1.º, 2.º e 3.º anos), utilizados na Rede Estadual da cidade de São Paulo. Os resultados apontam que nos volumes 1 e 2 (1.º ao 3.º ano dos Anos Iniciais do EF) há evidências de que as atividades de Gráficos e Tabelas apresentadas estão contextualizadas e contemplam a abordagem da Matemática Crítica e da Educação CTS em todas as propostas. Entretanto, para que estas atividades favoreçam a construção do pensamento crítico dos estudantes, é preciso que o professor siga as orientações propostas no caderno do professor, já que é por meio dessas orientações que as categorias elencadas na pesquisa foram evidenciadas. Logo, cabe refletir sobre o motivo pelo qual o Eixo Estatística da última avaliação externa (SARESP) dos Anos Iniciais, que abordou gráficos e tabelas, teve o menor rendimento, uma vez que o material utilizado nas escolas da Rede Estadual de São Paulo está em consonância com a BNCC e contemplam as abordagens propostas pela Educação Matemática Crítica e Educação CTS. Acredita-se que alguns aspectos desta pesquisa futuramente poderão auxiliar a construir respostas relacionadas ao tema e levar o professor a apropriar-se de conhecimentos que poderão contribuir para o ensino de uma Matemática Crítica nos Anos Iniciais e considere os princípios de uma Educação CTS.