O Teatro Mágico e suas perspectivas sociais em uma visão bakhtiniana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Melissa de Figueiredo Silva lattes
Orientador(a): Cristóvão, Assunção Aparecida Laia lattes
Banca de defesa: Ludovice, Camila de Araújo Beraldo lattes, Barbosa, Luiza Bedê lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1448
Resumo: O Teatro Mágico é um grupo musical criado em 2003 pelo músico, compositor e instrumentista Fernando Anitelli. A trupe, como também é conhecido o grupo, foi inspirada nos saraus e reúne várias expressões artísticas, como dança, circo, performances acrobáticas, poesia e literatura. Trouxe para o palco as vivências compartilhadas em encontros com diversos artistas que acreditaram na arte como forma de manifestação de ideias. O projeto, levando em consideração o redirecionamento da relação do público com a música, incorporou a ideia de música livre e, por consequência, a criação da sigla MPB (música para baixar). Este trabalho analisa três letras de canções do grupo musical O Teatro Mágico, que foram selecionadas em função de apresentarem, numa comparação com a totalidade de sua obra, características do grupo em dialogar com os campos político e social do Brasil nas últimas décadas. O objetivo central desta pesquisa é averiguar como as letras das músicas do grupo estabelecem relações dialógicas com o cenário social, político e econômico do país, a partir de conceitos criados pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin, já que uma das características das canções é a presença de enunciados com um teor crítico, irônico e reflexivo. Para compor o objeto de pesquisa, foram eleitas três canções, que carregam a característica de crítica social mencionada: O mérito e o monstro, Este mundo não vale o mundo e O sol e a peneira. Para isso, foram elencadas contribuições conceituais bakhtinianas como as de gênero do discurso, ideologia, intertextualidade e interdiscursividade e enunciado, categorias que se mostram essenciais para a análise das composições já que, para Bakhtin, as relações dialógicas podem estar presentes em uma única palavra, se levarmos em consideração que a palavra em si perpassa seu significado existente no dicionário. As letras foram analisadas, a partir de uma análise qualitativa, fazendo referência à teoria e a conceitos bakhtinianos, levando em consideração o contexto histórico de produção das canções. Observou-se, por meio das análises das letras das músicas, a importância da arte e da cultura, como forma de produção de enunciados que dialogam com questões de tamanha complexidade que estão presentes em nosso contexto social e político. Palavras-chave: Teatro Mágico; relações dialógicas; letra de canção; Bakhtin.