Prevalência e fatores genéticos associados à fluorose dentária em um município de grande porte do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dalledone, Mariana lattes
Orientador(a): Brancher, João Armando lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2151
Resumo: O uso dos fluoretos nas águas de abastecimento é considerada uma importante medida de saúde pública para controle da cárie dentária. Populações no mundo todo são beneficiadas por ser um método relativamente simples e barato, entretanto, apesar dos expressivos resultados na prevenção do agravo, um dado preocupante é o aumento de casos de fluorose dentária (FD). Esta pesquisa procurou investigar a prevalência dessa alteração em crianças com média de 12 anos de Curitiba, Paraná, nos anos de 2006 e 2016, bem como analisar se os polimorfismos genéticos estão associados à essa condição. Para que a amostra fosse representativa de todo o município, foram examinadas nos anos de 2006 e 2016, 679 e 934 crianças, respectivamente. Os exames clínicos foram realizados nas escolas e o índice de Dean modificado foi utilizado para classificar a FD por examinadores calibrados. No ano de 2006 foi coletado material biológico de 538 crianças para ser avaliado se os polimorfismos genéticos no gene do receptor do hormônio estrógeno (ESR1, ESR2 e ESRRB) estão associados à FD. Os resultados mostraram que a prevalência de FD na população estudada diminuiu de 27,7% para 17,2%, no período analisado. Casos de FD leve e severa diminuíram e não houve diferença significativa entre os distritos sanitários do município. A distribuição genotípica para o polimorfismo rs12154178 foi associado à FD (p=0.037; OR= 0.91, 95% CI 0.67-1.22). A análise do modelo dominante (AA+AC vs. CC) demonstrou que CC é um fator protetivo para FD (p=0.038; OR=0,51; 0,27-0,97 IC95%). Os resultados sugerem que os casos de FD em Curitiba, nos anos de 2006 e 2016, provavelmente não estão associados somente à fluoretação da água, mas também a características genéticas , pois o polimorfismo rs12154178 no ESR1, no modelo dominante, está associado ao risco de FD.