Marta Suplicy, cenogragia e ethos político nos debates pela TV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Marchi, Alexandre
Orientador(a): Louzada, Maria Silvia Olivi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/719
Resumo: A política sempre foi um campo amplo e fértil para a teatralidade. Acreditamos que os políticos, de modo geral, buscam ter habilidade para construir uma imagem de si, um ethos discursivo valorizado e que seja inspirador de confiança, esperando que, assim, possa produzir uma identificação com o eleitor, com consequente retorno no pleito eleitoral. Com base nos estudos de Dominique Maingueneau (2005) e de Patrick Charaudeau (2008), analisamos nesse trabalho principalmente os conceitos de cenografia e de ethos tomando como objeto de investigação a campanha política da candidata à prefeitura de São Paulo em 2008, Marta Suplicy. Sabe-se que o ethos está vinculado à palavra, à manifestação do sujeito da enunciação e que o poder de persuasão de um discurso consiste em parte em levar o leitor a se identificar com a movimentação de um corpo investido de valores socialmente especificados. Entendemos que apesar de a palavra e a imagem pertencerem a universos sócio-discursivos específicos, é inegável que nos discursos midiáticos a sua relação é de recíproca interdependência. Dessa forma, tomamos como principal objeto de análise dois debates do segundo turno das eleições 2008 para o cargo majoritário da cidade de São Paulo realizado entre os candidatos ao cargo, Gilberto Kassab, do Partido Democratas – DEM, e Marta Suplicy, do Partido dos Trabalhadores – PT, em que confrontam suas realizações políticas. Buscamos investigar como nessa cenografia a candidata e política de longa data Marta Suplicy, institui um ethos discursivo que também se deixa entrever nas cores utilizadas no seu vestuário, nos acessórios, no tom e cuidado com a escolha das palavras. Além disso, desejamos investigar se há afastamento ou aderência ao seu ethos pré7 discursivo, construído publicamente a partir da década de 1970 e começo da década de 1980, no programa TV MULHER, diariamente exibido pela REDE GLOBO de televisão; ou seja, como se confronta nesse debate um ethos pré-discursivo que frequenta o imaginário nacional e um ethos discursivo que a candidata propaga de si nessa campanha eleitoral.