Efeitos da infusão intravenosa contínua e da injeção epidural de cetamina racêmica na dor pós-incisional em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Maia, Andrea Smith lattes
Orientador(a): Nishimori, Celina Tie Duque lattes
Banca de defesa: Santos, Paulo Sérgio Patto dos lattes, Paulino Júnior, Daniel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/690
Resumo: A cetamina tem sido usada com sucesso no tratamento da dor, devido a sua ação antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato. Nesse sentido, este trabalho visou estudar os efeitos antinociceptivos da injeção epidural e infusão contínua da cetamina racêmica, na dor pós-incisional, em cães. Para tanto, utilizaram-se 10 cães, distribuídos em dois grupos: grupo infusão contínua (GIC), e grupo epidural (GEP), cada grupo foi formado por 5 animais. Os animais foram induzidos a anestesia com propofol na dose de 5 mg/kg, IV na veia cefáfica, a qual havia sido cateterizada com cateter (22G) seguida de infusão contínua na taxa de 0,6 mg/kg/min para a colocação do cateter epidural (18G) no espaço lombo-sacro. Em seguida, realizou-se uma incisão cirúrgica no coxim plantar do membro pélvico direito, sendo imediatamente suturado com quatro pontos simples separado e fio de nailon 3-0. Dez minutos após, administrou-se injeção epidural de cetamina racêmica na dose de 0,6 mg/kg aos animais do GEP e para o grupo infusão contínua foi administrado bolus de 0,5 mg/kg IV de cetamina racêmica, na veia cefálica, seguida por infusão contínua na dose de 0,015 mg/kg/min. Foram aferidas frequências cardíaca e respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, grau de sedação e claudicação. Ademais, com emprego de analgesímetro digital, mensurou-se a hiperalgesia mecânica em quatro regiões, sendo estas, cranial, lateral, medial e caudal à linha da incisão. Houve discreta redução da temperatura corpórea ao longo do período experimental nos dois grupos. Com relação à resposta da hiperalgesia mecânica, houve redução da resposta com relação ao momento basal, em todas as regiões nas quais as forças foram aferidas, além de diferenças entre os grupos em alguns momentos, no qual o grupo infusão contínua apresentou valores menores que o grupo epidural. Nos demais parâmetros não houve diferença significativa. Concluímos que ambas as vias são eficientes para uso da cetamina racêmica como analgésico, porém a via epidural mostrou-se mais eficiente quando comparada com a infusão contínua.