Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Vanessa Rodrigues dos
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Orientador(a): |
Karp, Susan Grace
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Positivo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2250
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Resumo: |
A obesidade é uma doença crônica, associada a comorbidades como diabetes mellitus II, que afeta aproximadamente um terço da população mundial. Indivíduos obesos podem sofrer alterações na microbiota intestinal em comparação com indivíduos eutróficos, em função principalmente de uma dieta rica em carboidratos e gordura. A maioria dos estudos aponta como consequência da obesidade induzida por dieta uma diminuição na proporção entre os filos Bacteroidetes e Firmicutes, no entanto os resultados podem ser controversos em indivíduos de ambos os sexos. O objetivo do presente trabalho foi submeter um grupo de ratas Wistar à ingestão de dieta hipercalórica, para desenvolvimento do quadro de obesidade, e então avaliar a constituição da microbiota intestinal em comparação aos animais em dieta normal. Foram utilizadas 30 ratas da linhagem Wistar, não obesas e não diabéticas, divididas em dois grupos: grupo 1 (G1) – grupo controle com 15 ratas, alimentadas com ração comercial e água ad libitum; e grupo 2 (G2) – grupo teste com 15 ratas, alimentadas com ração modificada hipercalórica e frutose 20% diluída na água, durante 24 semanas. Foram avaliados parâmetros de crescimento como peso e índice de Lee, e também parâmetros bioquímicos como tolerância a glicose oral e glicemia. Ao final do experimento foram coletadas amostras de fezes da ampola retal de quatro ratas de cada grupo e foi realizada a avaliação da microbiota intestinal, mediante extração de DNA total (kit ZR Fecal DNA MiniPrep – Zymo Research) e sequenciamento de nova geração do gene 16S, em sequenciador MiSeq (Illumina) e com análise de sequências na plataforma Quantitative Insights Into Microbial Ecology (QIIME). Nas ratas obesas, foi verificado um aumento significativo de Firmicutes em relação ao grupo controle (83,51% versus 64,73%), ao passo que os Bacteroidetes tiveram sua proporção reduzida em função do tratamento (20,47% versus 7,79%). Dos 242 gêneros bacterianos identificados, 14 representaram mais de 50% da população e, desses, 12 apresentaram diferenças significativas de concentração entre os tratamentos. Os gêneros Lactobacillus, Allobaculum e Clostridium foram os mais abundantes na microbiota das ratas obesas, ao passo que o gênero Turicibacter foi o mais abundante no grupo controle. O tratamento com a dieta hipercalórica diminuiu a diversidade de gêneros bacterianos na microbiota intestinal. |