“CÂMERA NA MÃO E SKATE NO PÉ”: pesquisa de ação participativa usando Photovoice para explorar a relação da prática do skate com a promoção da saúde e a cidade
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil Promoção da Saúde (Mestrado) UNICESUMAR |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/8966 |
Resumo: | Este estudo foi realizado em colaboração com skatistas da cidade de Maringá, nele objetivamos compreender a percepção dos skatistas sobre a sua atuação no espaço urbano, como experimentam a agressividade urbana e as relações da prática com a promoção da saúde. O estudo foi realizado em duas etapas: sendo a primeira uma revisão da literatura científica com intuito de analisar como o skate é abordado pelas diferentes áreas do conhecimento; e a segunda um estudo de ação participativa utilizando o método Photovoice com o intuito de analisar como os skatistas manifestam sua percepção frente ao espaço urbano e de que modo tal percepção permite uma postura reflexiva sobre urbanismo e promoção da saúde. Para a revisão de literatura utilizou-se os termos ‘Skate’ e ‘saúde’ e ‘skating’ AND ‘health’ como descritores para busca nas bases de dados Pubmed, Web of Science, Lilacs, Scielo, Google Scholar e Plataforma periódicos CAPES. Estudos cuja terminologia “skating” não se direcionava especificamente a pratica do skate foram excluídos. Um total de 52 publicações científicas entre artigos, livros e documentos publicados por Estados ou municípios foram utilizados na revisão. A maioria dos estudos publicados em revistas científicas da área da saúde relacionaram a prática do skate a aspectos negativos como quedas, fraturas e acidentes. Por outro lado, em revistas de outras áreas do conhecimento, aspectos positivos, como protagonismo, participação social e cultura jovem foram mais encontrados. Para o estudo de ação participativa, 12 skatistas realizaram fotografias de situações ocorridas durante sua prática de skate na cidade. Posteriormente, os skatistas foram entrevistados a fim de compreender o significado das fotografias selecionadas e de que forma elas refletiam ao contexto urbano contemporâneo, a agressividade urbana, e como a prática do skate pode inspirar uma postura crítica quanto a promoção da saúde da população urbana. Os dados foram organizados utilizando o Software QSR NVIVO 12 e apresentados através de uma análise temática. Obtivemos 132 fotografias realizadas e compartilhas pelos skatistas, dessas foram selecionadas 40. As fotos foram agrupadas em 4 eixos temáticos: (1) espaços de prática; (2) percepção sobre a prática do skate; (3) relação entre saúde e skate; (4) sugestões. Os resultados demonstraram que os temas mais presentes nas narrativas dos skatistas foram seus (a) lugares de prática; (b) a construção de espaços para a prática; (c) a ocupação de espaços públicos; (d) a cidade de Maringá e o skate; (e) a visão interna e (f) externa sobre a cultura do skate; (g) a contribuição do skate para a cidade e os (h) ensinamentos advindos da prática. Concluímos que a prática de skate desenvolve no praticante um interesse por participar do espaço público com maior protagonismo, criar espaços para que outras pessoas possam se encontrar para ter momentos de convívio, cuidar e melhorar as praças públicas e ambientes abandonados. Além disso, os skatistas contrariam a visão negativa que o skate carrega na literatura científica da área da saúde. Para eles a prática tem relação com o bem estar físico, mental e social e sugerem que a maior abertura para dialogar sobre inclusão e respeito da prática de skate pode contribuir com políticas e ações saudáveis para a cidade. |