Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Stabelini, Julio Cesar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-20082024-114407/
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Resumo: |
Este trabalho explora as implicações e correspondências entre habilidades perceptivas em jogo na relação entre sujeitos e ambiente a partir da prática do skate, aprofundando o entendimento sobre categorias êmicas como flow e linha, bem como examinando o papel que a escuta - que, no caso do skate, envolveria o corpo como um todo - tem para o engajamento dos skatistas nas affordances urbanas e com outras práticas que se desdobram nesse ambiente. Isso é entrelaçado a uma discussão sobre o que podemos captar do ambiente-mundo com nossos sentidos, através de diferentes formas de engajamento, bem como sobre as (im)possibilidades dos recursos audiovisuais para transmitir a experiência sensível ligada à prática do skate, em seus desdobramentos sensoriais e relacionais. A principal influência teórica deste trabalho é a proposta de Ingold (2000, 2007, 2013, 2015, 2015a) de uma antropologia imersa na vida, enquanto um tipo de saber interessado em seus fluxos e percursos no mundo, bem como sua proposta de uma antropologia ecológica, desdobrada em contribuições ligadas ao campo da percepção, e em especial os estudos sobre questões relativas às formas de percepção do ambiente. As contribuições da psicologia ecológica de Gibson (1986) também fazem parte do quadro conceitual mobilizado, bem como os aportes teóricos e metodológicos da antropologia audiovisual - em especial aqueles que abordam as possibilidades de explorar sons na construção de etnografias (FELD, 1982, 1988, 2020). Trata-se, portanto, de uma etnografia sobre sensibilidades e percepções envolvidas na prática do skate e suas correspondências com o ambiente-mundo, com outras práticas e lógicas, que não parte de um recorte espacial específico, e sim de um quadro que emerge de impressões e expressões (corporais, mas também verbais) dos praticantes, observadas, captadas e reunidas através de procedimentos etnográficos, autoetnográficos, de revisão bibliográfica e de incursões a registros audiovisuais ligados ao skate. O skate é pensado aqui como um modo de habitar (INGOLD, 2015) o ambiente urbano, através de um tipo de engajamento sensorial que permite composições variadas, em um movimento de abertura ao mundo-tempo (IBIDEM), de estar atento à vida, às possibilidades de construir com e ser construído por, de experimentação, de expressão |