As contribuições da filosofia cartesiana para a interdisciplinaridade na gestão do conhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BONNICI, Cristiane Gonçalves de Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
UNICESUMAR
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/602
Resumo: Propõe-se neste estudo, atendendo as pesquisas no campo da Gestão do Conhecimento, identificar as contribuições da Filosofia cartesiana para o debate sobre a interdisciplinaridade e que se apresenta como um recurso para a produção do conhecimento em nossos dias. O pressuposto de que partimos é o fato de que no pensamento de René Descartes (1596-1650), precursor da Filosofia moderna, é possível identificar reflexões sobre a unidade das ciências, defendida pelo pensador como possibilidade para o conhecimento e que este conhecimento pudesse ser articulado e universal, condição possibilitada pelo método. Essa perspectiva, no momento em que predomina uma concepção técnica e fragmentada do conhecimento, pode contribuir para iluminar os debates atuais a respeito da interdisciplinaridade, ainda pouco presente na educação. Busca-se a possibilidade de encontrar resposta para o problema da desarticulação dos saberes presentes em um tipo de ensino que enfatiza a especialização, a técnica e o conhecimento a serviço do lucro. O Discurso do Método e a Carta-Prefácio dos Princípios da Filosofia de Descartes convidam a interrogar em que medida esse pensador contribuiu para o estudo do conhecimento e sua relação com a educação que pretende ser interdisciplinar. Concomitante, em Descartes, pretende-se problematizar de que maneira o pensamento cartesiano se insere nas discussões pedagógicas atuais que sustentam uma visão mais pragmática da formação e do conhecimento do que teórico-crítica. Assim, no momento em que se interrogam novas abordagens de gestão do conhecimento relacionadas à formação, a Filosofia, em particular a cartesiana, pode se apresentar como um instrumento para superar o desenvolvimento da especialização e a frequente fragmentação, para estimular um pensamento educacional que reúna diferentes pontos de vista em torno de um objetivo comum.