Morfologia polínica de espécies de papiliodeae (Leguminosae) endêmicas da caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bispo dos Santos, José Orlando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/7623
Resumo: A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, possui elevada biodiversidade, inclusive de táxons endêmicos. Neste contexto, Leguminosae é considerada a família mais expressiva deste bioma. Apesar da importância das leguminosas para biodiversidade da Caatinga, ainda são insuficientes os estudos botânicos voltados para o grupo. Investigações palinológicas focadas nele, por exemplo, são escassas, e para as espécies endêmicas inexistem. Na tentativa de diminuir esta lacuna, foi realizado o presente estudo, que visa descrever a morfologia polínica de espécies de Papilionoideae endêmicas da Caatinga. Para tanto, foram obtidas listas das espécies de Papilionoideae referidas como endêmicas na literatura especializada e coletados botões florais em duplicatas ou exsicatas de três herbários com importantes coleções do grupo (EAC, HRB e HUEFS). Os grãos de pólen foram acetolisados, mensurados, descritos e ilustrados sob microscopia de luz. Para algumas espécies, grãos de pólen acetolisados e não acetolisados também foram analisados sob microscopia eletrônica de varredura. Ao todo, foram descritas palinologicamente 29 espécies. As análises confirmaram a heterogeneidade do grupo relatada na literatura. As principais variações morfológicas dos grãos de pólen analisados foram em relação ao tamanho (pequenos, médios ou grandes), à forma (prolatos a suboblatos), ao âmbito (subcirculares a subtriangulares), ao tipo apertural (colpos e cólporos) às vezes com presença de fastígio, e à ornamentação da exina (microrreticulada, reticulada, psilada ou finamente escabrada). Ao todo, foram estabelecidos seis tipos polínicos baseados nas afinidades palinológicas comuns a algumas espécies. O Tipo 1 e o Tipo 2 foram caracterizados pelo tamanho pequeno dos grãos de pólen, sendo 3-colporados e 3-colpados, respectivamente. O Tipo 3 e o Tipo 4 apresentaram grãos de pólen médios e aberturas 3(4)-colporadas e 3-colpadas, respectivamente. No Tipo 5 e no Tipo 6 foram incluídas as espécies com grãos de pólen grandes, 3-colporados e 3-colpados, respectivamente. Os resultados contribuem de forma relevante para o conhecimento palinológico das espécies de Leguminosae endêmicas da Caatinga e propiciarão identificações palinológicas mais precisas de táxons relacionados àsPapilionoideae em diversas subáreas da Palinologia Aplicada.