Caracterização Palinotaxonômica das espécies de Copaifera l. (leg. Caes.) que ocorrem na Amazônia Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Barata, Flávia Cristina Araújo
Orientador(a): Piedade , Maria Teresa Fernandez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12826
Resumo: Na Amazônia brasileira o gênero Copaifera L. está representado por cerca de nove espécies: C. duckei Dwyer, C. glycycarpa Ducke, C. guyanensis Desf., C. martii Hayne, C. multijuga Hayne, C. paupera (Herzog) Dwyer, C. piresii Ducke, C. pubiflora Benth. e C. reticulata Ducke. Desse total, grãos de pólen de sete, C. guyanensis, C. martii, C. multijuga, C. paupera, C. piresii, C. pubiflora e C. reticulata, foram estudados quanto aos mais diversos aspectos morfológicos, como tamanho, forma, número, posição e caráter das aberturas, e, ornamentação da exina. Pelo fato de estarem taxonomicamente correlacionadas, outras cinco espécies com distribuição extra Amazônia brasileira também tiveram seus grãos de pólen analisados, como C. officinalis (Jacq.) L., C. cearensis Huber ex Ducke var. arenicola Ducke, C. langsdorfii Desf., C. oblongifolia Mart. ex Hayne, e C. rigida Benth. As observações feitas tanto em microscopia de luz, quanto em eletrônica de varredura, revelaram que os grãos de pólen de Copaifera são muito semelhantes entre si, tratando-se, portanto, de um gênero estenopolínico. Como características gerais, as espécies do gênero apresentam grãos de pólen médios, isopolares, de simetria radial, 3-colporados. Variam tanto na superfície, de psilada a perfurada e na forma, de suboblata a prolato-esferoidal na maior parte das espécies. Os colpos em vista polar podem projetar-se de três formas: longicolpados, parassincolpados e sincolpados. Os mesocolpos podem ser côncavos ou retilíneos, e na maioria das vezes, em vista equatorial, expandem-se formando estruturas semelhantes a alas, denominadas aqui “aletas”. A endoabertura é circular, contudo na maioria das espécies esta apresenta-se encoberta pela sexina. A exina é fina e transparente, sendo que sexina e nexina apresentam praticamente a mesma espessura. Devido ao alto grau de homogeneidade morfológica, as espécies foram divididas em quatro Subtipos Polínicos, nos quais tomou-se como base a ornamentação da exina, descrita em microscopia eletrônica de varredura. Os Subtipos Polínicos são representados pelas espécies C. officinalis, C. guyanensis, C. paupera e C. multijuga, e, a fim de separá-los, uma chave polínica foi elaborada. Com base nos caracteres morfológicos dos grãos de pólen, foi feita uma correlação evolutiva entre os Subtipos analisados, sendo o Subtipo officinalis considerado o menos derivado, com a superfície psilado-perfurada, e o Subtipo multijuga, com a superfície variando de psilada a densamente perfurada, o mais derivado.