(En)cantos e (re)existências quilombolas: : turismo de base comunitária enquanto práxis educativa decolonial e transmoderna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Simões, Cardoso Tássio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/3887
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar as práticas socioculturais existentes no território quilombola do Quingoma (BA), contribuindo para a reflexão acerca do Turismo de Base Comunitária (TBC) enquanto práxis educativa decolonial e transmoderna. Para tal, por meio da pesquisa qualitativa e de abordagem etnográfica, foi constatado, a partir das vozes quilombolas, que o Samba de Roda, a Contação de História e a plataforma política de reivindicações da comunidade, dentre outras, constituem práticas socioculturais decoloniais que podem ser articuladas a projetos comunitários, tais como: Ciclo Turismo de Base Comunitária; Saraus; Oficina de Educação Popular Quilombola e cursos de História Local e (Afro) empoderamento. Logo, este mosaico de ações pode contribuir com o florescimento de um Turismo de Base Comunitária enquanto práxis educativa decolonial e transmoderna. Nesta tese, esta prática contra-hegemônica foi nomeada de Turismo de Semeadura, um canto de (re)existência quilombola, um movimento fecundo de renovação do mundo a partir da criação de políticas de embelezamento da existência. Portanto, conclui-se que o TBC protagonizado pela comunidade do Quingoma é uma práxis turística cujos processos educativos, além de serem distintos e antagônicos em relação à hegemonia da matriz colonial, posto que estão baseados numa cosmogonia ancestral afro e indígena, possibilitam a interaçãocrítica e ética entre culturas diferentes - do turista e da comunidade receptora - favorecendo o diálogo intercultural crítico, fundamental para a construção de ações de encantamento do mundo e uma visão transmoderna da contemporaneidade.