Novas estéticas dos protestos brasileiros: tensões entre insurgência, conservadorismo e disputas pelo espaço urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira Júnior, Jorge Antônio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51550
Resumo: A tese investiga as novas estéticas dos protestos no Brasil a partir de junho de 2013, um ponto de inflexão na transformação política e social do país, analisando as tensões entre insurgência, conservadorismo e as disputas no espaço público urbano. A pesquisa parte da premissa de que o protesto é uma forma de contralinguagem que subverte a lógica de controle das cidades capitalistas e reconfigura o espaço urbano através de ocupações e ações performativas. Esses protestos operam como uma ruptura no cotidiano urbano, utilizando a violência simbólica e, em alguns casos, a violência física como ferramentas de comunicação e resistência política. A tese se apoia em autores como Jacques Rancière, Chantal Mouffe, Maria Rita Kehl, Marcos Nobre, Eugênio Bucci, Suely Rolnik, entre outros, para discutir a estética política, a subjetividade insurgente e a politização dos corpos nos espaços das cidades. A pesquisa também explora como os protestos contemporâneos no Brasil moldam o imaginário coletivo, ao mesmo tempo em que enfrentam o risco de serem estetizados e absorvidos pelo capitalismo, perdendo seu caráter crítico. Nesse sentido, o papel da mídia e das redes sociais na construção das narrativas sobre as manifestações contribui para o esvaziamento da força subversiva das ações, transformando-as em espetáculos visuais. Além disso, o trabalho aborda a emergência das novas direitas no Brasil e como esses movimentos transformaram a estética dos protestos em manifestações de ressentimento e exaltação conservadora. A tese conclui com uma reflexão sobre o desafio contemporâneo de resistência no espaço urbano, questionando como desenvolver formas de contestação que escapem à lógica de mercantilização e possam, de fato, gerar mudanças estruturais no espaço urbano e nas relações sociais.