Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Juliana Gusmão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unb.br/handle/10482/38519
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Resumo: |
A cisplatina é um agente quimioterapêutico altamente eficaz usado no tratamento de tumores sólidos. No entanto, seus efeitos colaterais graves permanecem como uma limitação para sua ampla utilização, em particular, a ototoxicidade e a genotoxicidade. Foi demonstrado que a melatonina, um derivado do triptofano, pode reduzir os efeitos tóxicos da cisplatina devido à sua atividade antioxidante. Além disso, a melatonina pode aumentar a eficácia da quimioterapia devido a mecanismos citotóxicos que levam à apoptose. Objetivos: determinar o efeito da melatonina contra a ototoxicidade e genotoxicidade em ratos Wistar tratados com cisplatina. Materiais e Métodos: quarenta e cinco ratos Wistar foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: controle negativo (somente solução salina; grupo 1), melatonina (somente metatonina; grupo 2), cisplatina (cisplatina + solução salina; grupo 3) e cisplatina + melatonina (grupo 4). Aos ratos dos grupos 3 e 4 foi administrada uma dose única intraperitoneal de 10 mg/kg de cisplatina. Aos ratos dos grupos 2 e 4 foram administradas doses intraperitoneais diárias de 1 mg/kg de melatonina. As aferições das emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPD) foram realizadas nos dias 1 e 8. Os animais foram eutanasiados e perfundidos com solução de formaldeído a 10%. O número de neurônios viáveis e o seu diâmetro médio nos gânglios espiral e vestibular foram analisados. Na estria vascular, ligamento espiral e limbo espiral, foi estudado o número de células viáveis. Para pesquisar o efeito da melatonina contra a genotoxicidade da cisplatina, doze animais foram divididos aleatoriamente em três grupos: controle negativo (solução salina; grupo A), cisplatina (cisplatina + solução salina; grupo B) e cisplatina + melatonina (grupo C). Aos ratos dos grupos B e C foi administrada uma dose única de 10 mg/kg de cisplatina. Os animais do grupo C receberam uma dose única de 1 mg/kg de melatonina antes da infusão de cisplatina. Todos os animais foram sacrificados após 48 horas. A medula óssea do fêmur dos ratos foi removida. A contagem de micronúcleos e a porcentagem de eritrócitos policromáticos foram analisadas. Resultados: Houve diminuição nas amplitudes das EOAPD nos animais que receberam cisplatina; no entanto, o grupo tratado com cisplatina + melatonina apresentou amplitudes de EOAPD comparáveis aos valores dos grupos controle. Verificou-se que os animais tratados com cisplatina (grupo 3) apresentaram maior perda de células em comparação com outros 3 grupos em todas as estruturas cocleares estudadas (gânglio espiral, gânglio vestibular, estria vascular, ligamento espiral e limbo espiral). O diâmetro dos neurônios nos gânglios espiral e vestibular também foi inferior nos animais do grupo 3. Os ratos tratados com melatonina tiveram menor contagem de micronúcleos e maior número de eritrócitos policromáticos que os animais tratados apenas com cisplatina. Conclusão: A melatonina pode ser usada como tratamento adjuvante do tumor devido à sua capacidade de diminuir a ototoxicidade e genotoxicidade induzidas por cisplatina. |