Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Dal-rosso, Rafael Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/50945
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Resumo: |
As ouvidorias públicas se encontram inseridas em um ambiente altamente complexo e em constantes mudanças. Essas unidades estão intimamente envolvidas na prestação de serviços públicos e políticas públicas de qualidade, e precisam se adaptar constantemente ao ambiente para desempenhar suas atividades de forma adequada. Nesse contexto, mostra-se importante o estudo do tema das Capacidades Dinâmicas, que visa compreender o desempenho de organizações inseridas em ambientes dinâmicos e de que forma elas buscam renovar suas competências e reconfigurar seus recursos, objetivando obter vantagem competitiva sustentável. Dessa maneira, o presente estudo foca não apenas na observação do fenômeno das capacidades dinâmicas no setor público, uma abordagem menos comum na literatura, como traz um recorte inédito da observação do fenômeno no âmbito das Ouvidorias Públicas ministeriais. Para isso, foram identificadas e categorizadas práticas específicas relacionadas a Capacidades Dinâmicas adotadas pelas unidades de Ouvidoria e registradas em seus relatórios anuais de gestão, utilizando como referência a escala de mensuração dos elementos componentes e mecanismos organizacionais de desenvolvimento de capacidades dinâmicas em organizações proposta por Zaluski et al. (2020). A escala, composta por 21 indicadores, leva em consideração os elementos componentes e mecanismos organizacionais propostos por Meirelles e Camargo (2014) a partir de três dimensões: comportamentos e habilidades de mudança e inovação; processos e rotinas de busca e inovação; e mecanismos de aprendizagem e governança do conhecimento. Considera ainda o constructo teórico baseado em Wang e Ahmed (2007), que estabelece três elementos componentes das Capacidades Dinâmicas: a capacidade absortiva, adaptativa e inovativa. A escala utiliza complementarmente os modelos de Zahra e George (2002), Akgün, Kestin e Byrne (2007), Staber e Sydow (2002) e Gibson e Birkinshaw (2004). A metodologia do estudo baseou-se na análise qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, com uso de análise de conteúdo. Foram analisados 58 relatórios de 15 ouvidorias ministeriais, referentes aos anos de 2019 a 2022. Foram identificadas 343 práticas específicas nos relatórios e categorizadas nos indicadores da escala proposta por Zaluski et al. (2020) e ao final foi produzida uma listagem com 45 categorias de práticas genéricas voltadas para o universo das Ouvidorias Públicas, como desdobramento dos indicadores originalmente constantes da escala de mensuração. Os resultados evidenciaram a existência de ações adotadas pelas Ouvidorias em praticamente todos os indicadores propostos por Zaluski et al. (2020). Esta dissertação contribui na compreensão do desenvolvimento de capacidades dinâmicas nas organizações e oferece material de referência para unidades de Ouvidoria que buscam formas de enfrentar ambientes dinâmicos de maneira organizada, ampliando a discussão sobre capacidades dinâmicas no âmbito nacional. |