Biopolítica em Hardt e Negri como parâmetro interpretativo do Novo Ensino Médio e influências no ensino da Filosofia no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Alberto de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51997
Resumo: Este trabalho analisou a contrarreforma educacional brasileira promovida pela Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e implementou o Novo Ensino Médio. A pesquisa foi fundamentada no pensamento de Hardt e Negri, especialmente no conceito de Império, que descreve a estrutura de poder global contemporânea, destacando como essa lógica de controle se manifesta em diferentes esferas, incluindo a educação. A contrarreforma impactou a estrutura curricular e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), reorganizando os currículos e diluindo os conteúdos de Filosofia e Sociologia em diversas disciplinas, sem garantir um componente curricular próprio, o que, conforme estudos, pode levar à exclusão gradual da Filosofia no Ensino Médio. Os objetivos do estudo foram: analisar os principais aspectos da biopolítica conforme Hardt e Negri, identificar as mudanças no ensino de Filosofia decorrentes da reforma e interpretar essas alterações à luz dos conceitos de biopolítica e Império. A justificativa da pesquisa reside na relevância desses conceitos para compreender as relações de poder na sociedade contemporânea, com foco no campo educacional. A interdisciplinaridade entre biopolítica, filosofia e educação possibilitou uma análise ampla e crítica das dinâmicas de poder que atravessam o processo educativo. A metodologia adotada foi a investigação filosófica, com uma revisão bibliográfica voltada para a análise crítica das políticas educacionais e da BNCC. Essa abordagem revelou as tensões entre controle e liberdade na educação, evidenciando o papel crucial da Filosofia na promoção do pensamento crítico e autônomo. Em síntese, o estudo investigou como o Novo Ensino Médio afeta o ensino de Filosofia no Brasil, relacionando essas transformações à lógica do Império e às estruturas de poder globais, destacando suas implicações no contexto educacional brasileiro.