Trabalho em turnos no Sistema Penitenciário Distrital, qualidade de vida no trabalho e saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Suellen Keyze Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51871
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar as especificidades e singularidades do trabalho em turnos em um órgão de Policiais Penais. A revisão de literatura indicou que os danos associados ao turno de 24 horas são expressivos, ressaltando a necessidade de refletir sobre estratégias para proteger os trabalhadores diante dessas consequências. Observou-se uma lacuna na literatura sobre a relação entre essa jornada e a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), o que justifica a relevância deste estudo. O método foi conduzido em duas etapas: uma qualitativa e outra quantitativa. A etapa qualitativa, de caráter exploratório, utilizou entrevista semiestruturada para compreender as percepções subjetivas dos policiais penais sobre os efeitos dos turnos de 24 horas na QVT. Na etapa quantitativa, foram comparados fatores de saúde mental, desgaste laboral e organização do trabalho entre os policiais que atuam em turnos de 24 horas e aqueles em expediente regular. Os resultados qualitativos destacaram que os policiais percebem o turno de 24 horas como mais vantajoso, pois proporciona mais tempo para recuperação dos danos psicológicos causados pelo ambiente de trabalho, sugerindo que o expediente regular teria um impacto mais negativo em sua saúde mental. Na etapa quantitativa, apenas o fator de organização do trabalho apresentou diferença estatisticamente significativa, com os policiais em expediente regular apresentando um resultado inferior em relação aos plantonistas. No entanto, no que se refere ao tempo de trabalho, os resultados apontaram para um processo de acúmulo de desgaste e adoecimento mental ao longo dos anos. Esses achados indicam a necessidade de aprofundar os estudos sobre os efeitos dos turnos de trabalho na QVT, especialmente em profissões que exigem plantões, como é o caso dos policiais penais.