Pesquisa de riquetsias em capivaras (Hydrochoerus Hydrochaeris) de vida livre do Distrito Federal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Quadros, Ana Paula Nunes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unb.br/handle/10482/38603
Resumo: Nas áreas recreativas do Distrito federal têm-se observado o aumento de grupos de capivaras de vida livre. A presença desses animais pode estar diretamente associada a infestações de carrapatos, que podem atuar como vetores artrópodes para bactérias patogênicas com potencial zoonótico, como a Rickettsia rickettsii. O presente trabalho realizou a colheita de amostras de sangue total e carrapatos de 57 capivaras da região, com o intuito de pesquisar bactérias do gênero Rickettsia spp. a partir de métodos de diagnóstico molecular (PCR) e sorológicos (RIFI). Nenhuma das amostras de DNA extraídos de sangue total das capivaras foi positiva na PCR utilizando os oligonucleotídeos CS-62/CS-462. Entre as 55 amostras de soro testadas por RIFI, 53 (96,3%) apresentaram soro-reação para Rickettsia spp. Entre essas, 22 (40%) demonstraram o antígeno de R. bellii como provável antígeno envolvido em reação homóloga (PAERH) e dois (3,6%) demonstraram o antígeno de R. parkeri. Foram amostrados 558 carrapatos identificados como Amblyomma sculptum e 387 como Amblyomma dubitatum, além de nove larvas (Amblyomma spp.). Dentre esses carrapatos, 231 foram submetidos à PCR, resultando em uma ninfa e uma fêmea adulta de A. dubitatum positivas para os patógenos do gênero. Os resultados sugerem uma maior expressão da R. bellii nas populações de capivaras da região, o que pode estar suprimindo a manifestação de outras bactérias do gênero Rickettsia spp., e caracterizando a região como área não endêmica para febre maculosa brasileira (FMB). A taxa de infecção dos carrapatos é mínima (0,86%).