Pesquisa de Rickettsias em capivaras de áreas antropizadas, equinos de carroceiros e carrapatos de Uberlândia-MG e Itaperuna-RJ, Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24368 https://dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2021.D.10131323601 |
Resumo: | Com o crescimento das cidades e urbanização de animais como a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), aumentou-se também a infestação ambiental por carrapatos mantidos por esses hospedeiros. O carrapato Amblyomma sculptum, principal vetor da Febre Maculosa Brasileira, têm equinos e capivaras como hospedeiros primários de todos os estádios de desenvolvimento. Ambos atuam ainda como disseminadores de carrapatos no ambiente, sendo os cavalos de carroceiros carreadores de ixodídeos para diferentes áreas em uma mesma cidade. Observando-se o aumento da população de capivaras nas cidades da região sudeste, o aumento da infestação de carrapatos do gênero Amblyomma e a emergência de doenças transmitidas por esses artrópodes, objetivou-se avaliar e comparar a circulação de anticorpos da classe IgG anti Rickettsia spp em capivaras e equinos de área endêmica e não endêmica para esta doença, além de pesquisar a infecção natural desses agentes em carrapatos encontrados nos animais e no ambiente. Para esse fim, foram estudadas duas regiões do sudeste, uma endêmica para febre maculosa (microrregião de Itaperuna-RJ) e outra não endêmica (município de Uberlândia-MG), ambas com condições para o cumprimento do ciclo enzoótico de doenças transmitidas por carrapatos. Pesquisou-se nestas cidades a ocorrência e diversidade de carrapatos ambientais. Nos equinos e nas capivaras dos municípios foram avaliadas as infestações por carrapatos, a infecção por Rickettsia spp. nestes ectoparasitos por avaliação molecular e a sororreatividade dos hospedeiros para R. rickettsii, R. parkeri, R. rhipicephali, R. amblyommatis e R. bellii. Foi detectada sororreatividade dos equinos de Uberlândia (45,25%) e da microrregião de Itaperuna (72,09%) para pelo menos uma das cinco espécies de Rickettsia spp testadas. Capivaras de Uberlândia foram sororreativas em sorologia (95,23%). Foram coletados 25.431 carrapatos do ambiente em Uberlândia – MG, e 1.426 em microrregião de Itaperuna-RJ, sendo a maioria A. sculptum em ambos lugares. Em capivaras de Uberlândia, foram coletados 478 carrapatos das espécies A. sculptum (43,93%) e A. dubitatum (56,06%). Em equinos de Uberlândia-MG, a quantidade de D. nitens (71,49%) foi superior à de A. sculptum (19,07%), enquanto que na microrregião de Itaperuna-RJ A.sculptum (79,95%) foi mais encontrado nesse animais do que D. nitens (19,08%). Apesar de não encontradas evidencias moleculares em carrapatos de ambas as áreas, animais sentinelas e amplificadores se mostraram sorologicamente positivos, evidenciando possível exposição desses animais à bactéria do GFM. Portanto, acredita-se que Uberlândia-MG deva ser considerada região com potencial para casos humanos, mantendo atenção para casos suspeitos. |