Vidro eletrocrômico : efeitos visuais e não visuais em edifícios envidraçados não-residenciais no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Costa, João Francisco Walter
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51548
Resumo: O vidro se tornou símbolo do progresso industrial e, portanto, uma inspiração para arquitetos e projetistas em todo o mundo - independentemente de suas condições climáticas. Fachadas envidraçadas no Brasil são usadas como solução econômica dominante em edifícios não residenciais. Desde 1980, novas tecnologias de vidros foram desenvolvidas como solução para mitigar esses problemas. Entre elas, o vidro eletrocrômico pode variar sua transmitância visível de 60% a 1%, tornando-se uma solução promissora. Portanto, o objetivo desta pesquisa é investigar o vidro eletrocrômico para as condições de iluminação, incluindo efeitos visuais e não visuais em modelo representativo de sala não residencial dentro do contexto climático brasileiro. Simulações computacionais usando Climate Studio e ALFA foram realizadas combinando 96 variações da sala não residencial em seis cidades/latitudes brasileiras (Manaus - 3° sul, Recife - 8° sul, Bom Jesus da Lapa - 13° sul, Brasília - 15° sul, Rio de Janeiro - 22° sul, e Santa Maria - 29° sul), considerando quatro orientações de janelas, e, quatro materiais de janela, incluindo os vidros eletrocrômico, claro, verde neutro e refletivo prata. Para avaliar o desempenho do vidro eletrocrômico, a análise estatística consistiu na categorização de 864 casos para efeitos visuais e 34.560 casos para efeitos não visuais. Resultados demonstraram que o vidro eletrocrômico mostrou boa conformidade com os critérios de autonomia de luz natural, particularmente na parte de trás da sala em relação ao vidro refletivo prata. Apesar de seus benefícios, o vidro eletrocrômico não evitou problemas de ofuscamento perto da janela, apresentando desempenho semelhante ao vidro neutro verde. Além disso, falta de luz circadiana foi detectada nas posições do meio e da parte de trás da sala para o vidro eletrocrômico, especialmente para a orientação norte em cinco das seis cidades, exceto Recife, e para o sul nas cidades de latitudes mais baixas. Nas orientações leste e oeste, problemas de falta de luz circadiana foram menos frequentes. Em relação ao espectro, distorções relacionadas à maior transmissão de luz azulada para o vidro eletrocrômico no estado escuro podem ser fonte de críticas de futuros usuários se tecnologias similares forem implementadas no Brasil. A principal contribuição deste estudo foi a previsão do desempenho do vidro eletrocrômico em relação aos efeitos visuais e não visuais da luz, indicando potencialidades, problemas e recomendações relacionados ao uso dessa tecnologia em latitudes brasileiras.