Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Daniela Fontoura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/6684
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Resumo: |
A morte de jovens por armas de fogo é, atualmente, um problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas no Brasil. A perda, agravada por circunstâncias imprevistas e violentas, repercute no sistema familiar podendo gerar prejuízos de ordem emocional, social e material. Ao enfrentar a situação, os sobreviventes nem sempre dispõem de recursos pessoais e ambientais suficientes para se adaptar às mudanças decorrentes do impacto da morte. Assim, este estudo abordou o processo de luto, os fatores de risco e proteção relativos à reorganização familiar e as estratégias de enfrentamento de 8 famílias do Distrito Federal que perderam um jovem vitimado por homicídio com arma de fogo, nos primeiros 12 meses após a perda. A pesquisa foi planejada com base na teoria sistêmica da família e a coleta de dados contou com a participação de duas pessoas de cada família: uma do subsistema parental (mãe) e outra do fraternal (irmão ou irmã). Famílias em que o jovem falecido era filho único (n=2) ou que o irmão não pode participar (n=1) contaram somente com a genitora. Três instrumentos foram empregados: um roteiro de entrevista semiestruturado, um questionário de caracterização do sistema familiar e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas – EMEP (em versão adaptada para a população brasileira). As entrevistas focalizaram o significado e as conseqüências da perda para os sobreviventes, as mudanças empreendidas no contexto da família, bem como as expectativas para o futuro. O questionário incluiu aspectos sobre o sistema familiar, os modos de vida dos familiares, além de questões acerca dos fatores de risco e proteção. A Escala Modos de Enfrentamento de Problemas foi utilizada para identificar similaridades e diferenças nas estratégias de enfrentamento das mães e dos irmãos. A análise qualitativa dos dados revelou que o processo de luto das famílias estava pautado na oscilação entre a compreensão do episódio e a continuidade da trajetória familiar, implicando em estratégias focadas principalmente no enfrentamento do problema e em práticas religiosas e pensamento fantasioso. Os homicídios estavam associados aos comportamentos transgressores dos jovens, bem como à violência nas comunidades, caracterizadas pela falta de infraestrutura e de serviços de qualidade oferecidos à população. A carência de apoio do Estado, tanto no período precedente à perda como no momento posterior ao fato, evidenciou a necessidade da elaboração de políticas preventivas e de atendimento especializado para as famílias. Apesar de relatos de situações adversas, as famílias apresentaram indícios de mudanças adaptativas. Tais indícios precisam ser investigados em pesquisas longitudinais que permitam uma melhor compreensão dos processos de reorganização familiar. Considerando a escassez de trabalhos empíricos com o foco na família vitimada, este estudo pode contribuir para um melhor entendimento sobre o tema. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT |