Biomassa e carbono na floresta atlântica : efeito dos fatores bióticos e abióticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gaui, Tatiana Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51881
Resumo: As florestas tropicais são essenciais para o balanço global de carbono, funcionando como sumidouros por meio da fixação de CO₂ atmosférico e armazenando mais de 70% da biomassa viva do planeta, tanto acima quanto abaixo do solo. A manutenção destas florestas é crucial e inclui uma gestão eficaz de áreas que estocam carbono, além de estratégias para redução de emissões e aumento da captura de carbono por meio da restauração e conservação florestal. No entanto, uma estimativa confiável dos estoques de carbono dessas florestas exige equações alométricas precisas, que ainda são escassas para as florestas da Mata Atlântica. Estimativas são especialmente importantes diante do atual cenário das mudanças climáticas globais, para orientar estratégias de mitigação destas mudanças. Em particular, muitos projetos de carbono do mercado voluntário utilizam equações alométricas genéricas, o que aumenta a incerteza nas estimativas e podem superestimar em média 15,4% dos estoques de biomassa em florestas tropicais. Esta superestimativa pode ser ainda maior para florestas da Mata Atlântica. Neste contexto, no capítulo 2 da presente tese, foram desenvolvidas equações alométricas específicas, utilizando método não destrutivo, para diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro. Os resultados encontrados evidenciaram que equações desenvolvidas localmente são mais precisas e o uso da equação genérica pantropical, amplamente utilizada na literatura, superestimou os estoques de biomassa em 11,7%. Superado o desafio de estimar de maneira consistente os estoques de carbono, investigou-se quais os fatores que determinam a variação da biomassa arbórea acima do solo, que concentra a maior parte dos estoques de carbono. Portanto, o capítulo 3 da presente tese, investigou o papel da composição florística, da riqueza e da diversidade de espécies arbóreas, do clima (precipitação e temperatura) e dos solos (fertilidade e textura) na determinação da biomassa. Os resultados deste capítulo evidenciam que as variáveis ambientais, edáficas e climáticas, são importantes preditoras da biomassa. Além disso, áreas de maior riqueza, diversidade e composição florística mais distinta, apresentam uma maior biomassa arbórea viva acima do solo, sendo importante para tomada de decisões estratégicas voltadas para a conservação.