Metas de produção compatíveis com fatores ergônomicos em serraria portátil, Belterra – PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nascimento, Glícia Silvania Pedroso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8372
Resumo: Existem muitas serrarias de pequeno porte na Amazônia e as empresas têm obrigação legal de cumprir a legislação sobre segurança do trabalho. No entanto, estudos sobre segurança do trabalho em serraria, poucos incluíram ergonomia, principalmente, a sua relação com metas de produção do trabalhador. Este estudo objetivou analisar atividades de serraria portátil em beneficiamento de coproduto de madeira da pós-colheita para que sejam estabelecidas metas de produção que atendam princípios ergonômicos. A metodologia constituiu de Estudos de Tempos e Movimentos (ETM) e de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) por meio de medições e aplicação de questionários. No ETM foi realizado uma análise da organização do trabalho nas diversas fases do trabalho, incluindo medição dos tempos consumidos em cada atividade e da produtividade (produção por unidade de tempo). Na AET os fatores analisados foram: perfil dos trabalhadores, condições de trabalho, carga física de trabalho, ambiente térmico, exposição a ruído, repetitividade e postura dos trabalhadores. A população estudada foi constituída de 7 trabalhadores envolvidos na atividade de serraria portátil. Os trabalhadores eram do sexo masculino; tinham em média 2 anos de experiência na função; apresentavam união estável; em média tinham 39 anos; 1,65 de altura e 78 kg; possuiam 2o grau completo de escolaridade (57,1%); eram de origem rural e 57,1% possuíam hábito de consumo de bebida alcoólica. As condições de trabalho dificultavam a realização das atividades: trabalho em local aberto; incidência do sol; dificuldade de se locomover pelo terreno devido o excesso de pó acumulado; ritmo acelerado e condensado de trabalho. Os resultados indicaram que a carga de trabalho expressa pela carga cardiovascular, o ambiente térmico expresso pelo Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo (IBUTG) e o nível de ruído foram superiores aos limites recomendados para uma jornada de 8 horas de trabalho. As forças de compressão no disco L5-S1 da coluna vertebral foram inferiores ao limite recomendado. O ambiente térmico foi o fator crítico, com maior exigência de tempo de pausas. A necessidade de aumentar o tempo de pausa ergonômica e diminuir o tempode trabalho efetivo fez que a meta de produção fosse reduzida em 24,1 %, para evitar danos à saúde do trabalhador.