Avaliação de Metas de produção eficientes e compatíveis com fatores ergonômicos de trabalhadores de silvicultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marzano, Felipe Leitão da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3146
Resumo: O crescimento do setor florestal no Brasil e no mundo torna necessário o aperfeiçoamento das técnicas utilizadas nas operações de silvicultura e colheita florestal. As metas de produção sempre foram determinadas com base em estudos de tempo e produtividade, no entanto as variáveis ergonômicas devem ser incluídas neste processo. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise ergonômica das atividades de alinhamento e marcação, coveamento semimecanizado e plantio e determinar metas de produção para o trabalhador compatíveis com o bemestar, a satisfação e a segurança no trabalho, minimizando o surgimento de doenças ocupacionais e visando a melhoria da eficiência do processo. As condições de trabalho foram avaliadas com a aplicação de questionários e medições em campo. O estudo de tempos foi realizado para se conhecer os tempos gastos em cada atividade e determinar a produtividade dos trabalhadores. As variáveis ergonômicas analisadas foram carga física de trabalho, ambiente térmico, exposição a ruído e vibração, repetitividade e biomecânica. As metas de produção foram determinadas em função do tempo de pausa necessário pelo fator crítico entre os analisados. Em todas as atividades analisadas o tempo de trabalho efetivo foi inferior a 50% da jornada de trabalho e o tempo não trabalhado, próximo a 40%. Na atividade de plantio não eram realizadas pausas ergonômicas. A produtividade média dos trabalhadores foi de 310 marcas por hora na atividade de alinhamento e marcação, 210 covas por hora na atividade de coveamento semimecanizado e 183 mudas por hora na atividade de plantio. A carga cardiovascular foi superior ao limite de 40% em todas as atividades. A exposição ao calor, expressa em Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), foi inferior ao limite no mês de Setembro, mas no mês de Outubro foi superior, exigindo até 75% de pausas na atividade de plantio. Os valores de ruído foram superiores ao limite de 85 dB(A), mas a atenuação proporcionada pelo uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) reduziu esses valores a níveis aceitáveis. Os valores de vibração foram superiores ao nível limite de exposição, constituindo o fator crítico na atividade de coveamento semimecanizado. O fator repetitividade estava presente em todas as tarefas analisadas. De acordo com a análise biomecânica, as articulações mais afetadas foram coxofemoral, ombro, joelho e pulso. A força de compressão do disco L5-S1 foi inferior ao limite recomendado. As metas de produção recomendadas foram de 1240 a 1740 marcas por jornada de trabalho para a atividade de alinhamento e marcação, 667 covas para a atividade de coveamento semimecanizado e de 367 a 733 mudas para a atividade de plantio.