Significados e implicações da violência escolar: dissonância e consonâncias nas percepções das famílias e da escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vale, Cláudia Antônia da Silva Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6238
Resumo: A violência escolar vem sendo muito discutida atualmente, cada dia mais vem modificando suas formas no ambiente escolar. Diversos são os fatores externos e internos que contribuem para que a violência e indisciplina se façam presentes no cotidiano escolar, prejudicando a aprendizagem dos alunos, e gerando um clima de insegurança e estresse para os profissionais das escolas. O objetivo deste estudo foi analisar e refletir sobre a temática violência e indisciplina escolar, por meio da percepção das famílias e da escola, considerando seus motivos, significados, implicações. A metodologia utilizada neste estudo baseou-se em diferentes técnicas de coleta de dados, como: revisão de literatura sobre o tema; levantamento de ocorrências policiais e na escola; redação dos alunos sobre significados de violência escolar; pesquisa sobre o perfil pessoal e familiar dos alunos; análise do espaço físico e pedagógico da escola e suas inter-relações com a violência escolar; além de entrevistas com os profissionais da escola, alunos e famílias de alunos que repetitivamente cometem atos de violência ou indisciplina na escola, visando examinar os aspectos consonantes e dissonantes da violência escolar. O referencial conceitual de suporte para as discussões sobre violência escolar foram os apresentados pelos pesquisadores Bernard Charlot, Eric Debarbieux, Myriam Abramovay, Cléo Fante e Camacho. A análise do conteúdo foi feita de acordo com a metodologia proposta por Laurence Bardin, além da estatística descritiva simples. Os resultados evidenciam que os alunos admitem que produzem violência e indisciplina, assim como sofrem violência na escola. As famílias não se veem como produtora da violência escolar e não têm conhecimento das suas implicações na vida de seus filhos. Os profissionais apontaram diferentes tipos e causas da violência escolar, não considerando a escola como uma possível reprodutora deste fenômeno, transferindo a origem do problema exclusivamente para a família e o meio onde os alunos vivem.