Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rinco, Ana Carolina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/29130
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Resumo: |
A ausência de dados sobre a paternidade em registros de nascimento no Brasil é um fenômeno da realidade cotidiana brasileira. Diante desse cenário, o Conselho Nacional de Justiça, em 2010, implementou uma nova forma de reconhecimento de paternidade, qual seja, o reconhecimento voluntário de paternidade, que pode ser realizado em qualquer cartório de registro civil das pessoas naturais , ampliando os modos de reconhecimento de paternidade, permitindo que o mesmo se realize na esfera extrajudicial diretamente no cartório. Diante dessas alterações na esfera legal, indaga-se: Como tem sido a prática social do reconhecimento de paternidade? Após a implementação dessa nova forma simplificada, desburocratizada e gratuita de reconhecimento de paternidade houve aumento do número de casos de pessoas reconhecidas? A instituição desse dispositivo legal pode interferir nos domínios das famílias envolvidas? Para responder às questões propostas optou-se por uma abordagem metodológica quanti-qualitativa, tendo como fundamentação teórico-conceitual a prática social e os domínios da vida. A pesquisa teve como local de estudo a comarca de Rio Pomba, Minas Gerais, sendo que o público envolvido compreendeu as famílias onde o reconhecimento de paternidade foi realizado, nos moldes previsto no Provimento n o 16, do CNJ, bem como as autoridades associadas no processo de reconhecimento de paternidade. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica, censitária e documental, além de entrevistas semiestruturadas, cujos dados foram tabulados e cruzados (crosstabs), de forma a identificar e examinar a associação existente entre variáveis coletadas nos registros de nascimentos, no período entre 2007 a 2017, utilizando-se do Programa SPSS. Em seguida foram realizados os testes de Qui- quadrado (χ 2 ) de Pearson; Razão de Verossimilhança; Associação linear por linear e o teste Fi e V de Cramer. No caso dos dados qualitativos, foi feita análise do conteúdo das falas, conjugada com análise textual pelo software Iramuteq. Os resultados evidenciaram que a prática social do reconhecimento de paternidade, conforme previsto no provimento nº 16 do CNJ, possibilitou um aumento no número de reconhecimentos de paternidade, principalmente, em razão da sua natureza gratuita e forma célere. Além disso, essa prática afetou os domínios da vida, principalmente a vida familiar, situação financeira, educação, lazer ou tempo livre e redes sociais. As famílias em face ao novo contexto de vivência do reconhecimento da paternidade são influenciadas em seus domínios de vida, por meio de ações humanas de adaptação à nova realidade, que são dependentes da ordem social vigente e direcionam as práticas sociais ou os comportamentos cotidianos. Pode-se concluir que o reconhecimento de paternidade interferiu nos domínios da vida das pessoas envolvidas no processo de reconhecimento, ao proporcionar, especialmente para as mães e filhos, uma elevação de sua dignidade e identidade, bem como maior integração, sociabilidade e afetividade. Palavras-chave: Reconhecimento de paternidade. Prática social. Domínios da vida. Programa Pai Presente. |