Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Peternelli, Ethel Fernandes de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9840
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Resumo: |
Neste trabalho avaliou-se a interação mirmecocórica entre formigas e sementes de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae). Os estudos de laboratório foram realizados no Insetário do Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa (UFV), no Laboratório de Análises de Sementes no Setor de Silvicultura do Departamento de Engenharia Florestal, UFV e no LASA - Laboratório de Análises e Sínteses de Agroquímicos do Departamento de Química, UFV. Já os de campo foram realizados em fragmentos florestais no Município de Viçosa-MG. Primeiramente, investigou-se a interação entre operárias de Atta e Acromyrmex e sementes de M. fistulifera e o efeito dessa interação na germinação dessas sementes. Quatro colônias de Atta sexdens rubropilosa e quatro de Acromyrmex subterraneus subterraneus foram escolhidas e sementes frescas foram oferecidas para avaliar a interação semente- formiga. Aquelas que foram manipuladas pelas operárias foram usadas no teste de germinação, onde quatro tratamentos foram considerados (sementes manipuladas por Atta; sementes manipuladas por Acromyrmex; sementes limpas e sementes frescas). Realizou-se também um levantamento em campo das espécies que poderiam interagir com as sementes e dessas quais poderiam transportá-las. Uma análise química do elaiosoma das sementes foi realizada, a fim de identificar o(s) composto(s) que compõem esse apêndice. Todas as sementes oferecidas às formigas, tanto no laboratório quanto no campo, foram manipuladas pelas formigas e tiveram seus elaiosomas removidos. A manipulação dessas sementes por operárias de Atta acarretou um aumento da sua taxa de germinação. Foram encontradas dezesseis espécies de formigas interagindo com as sementes de M. fistulifera, sendo cinco, de fato, dispersoras, já que transportaram efetivamente as sementes; e nove espécies foram, pela primeira vez, relatadas interagindo com sementes. A taxa de remoção destas pelas formigas foi de 85 a 97%. Na análise química, o elaiosoma de M. fistulifera apresentou amplo alcance de padrões de ácidos graxos, sendo o triacilglicerídeos o mais abundante. Ficou caracterizada uma importante interação mutualística entre a planta e as formigas. A planta se beneficia com a dispersão secundária de suas sementes em locais favoráveis para o seu estabelecimento e germinação, enquanto que as formigas adquirem uma fonte extra de recurso alimentar. |