Transição florestal na porção mineira do Plano Conservador da Mata Atlântica
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33254 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.769 |
Resumo: | A Mata Atlântica, desde a colonização do Brasil, tem sofrido com a ação antrópica, restando aproximadamente 24% da área de floresta original. O histórico de perturbação impactou diretamente o que resta do bioma, culminando em uma paisagem altamente fragmentada. Nas últimas décadas, nas regiões de ocorrência da Mata Atlântica com o crescimento econômico no meio urbano, houve uma migração da população rural para os centros urbanos, ocasionada por uma busca por melhores oportunidades. Isto trouxe alterações no uso e cobertura do solo, resultando, principalmente, em áreas improdutivas, abandonadas e com maior cobertura florestal, sendo um dos motivos a falta de mão-de-obra no campo. Assim, surge a dúvida se a cobertura florestal chegou ao seu mínimo e se já está acontecendo o aumento destas áreas, o que caracterizaria o processo de transição florestal. Além disso, o entendimento dos fatores socioeconômicos que influenciam o abandono das áreas rurais e, consequentemente, a mudança na cobertura da paisagem são de suma importância para entender o avanço da transição florestal na Mata Atlântica. Dessa forma, objetivou-se com este trabalho avaliar a ocorrência de transição florestal na porção mineira do Plano Conservador da Mata Atlântica e a associação com indicadores socioeconômicos nesse processo. O estudo foi realizado a partir da aquisição de dados históricos de uso e cobertura do solo disponíveis no MapBiomas e de indicadores socioeconômicos disponíveis no IBGE. A partir da obtenção dos dados foi possível analisar a interação entre eles a fim de verificar como os indicadores socioeconômicos podem estar associados com a mudança do uso e cobertura do solo e de uma possível transição florestal na região. De maneira geral, a região estudada obteve um aumento de 3,1% na área de cobertura florestal de 1985 a 2022. Ao separar por mesorregião verificou-se que Campo das Vertentes, Zona da Mata e Oeste de Minas tiveram aumento da cobertura florestal e nas mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Sul/Sudoeste de Minas, houve diminuição. Pastagem é o uso e cobertura mais significativo na área de estudo, e foi o que diminuiu 23% de área em relação a 1985. As maiores mudanças ocorreram de pastagem para mosaico de usos, lavouras temporárias e perenes e para área urbana. O aumento da área urbana foi de 39% e a população urbana teve um crescimento de 81,5%, em relação a 1985. Em relação ao período analisado, tem-se duas situações: diminuição da cobertura florestal até 2002 e aumento a partir de 2003. Todas as mesorregiões e a área de estudo como um todo passaram por um ponto de inflexão entre o declínio e a expansão da cobertura florestal nos 38 anos estudados. Portanto, é possível inferir que a transição florestal está ocorrendo na região estudada. Além disso, verifica-se que não há diferenciação da transição florestal entre municípios com maior valor adicionado bruto do setor da indústria no PIB e municípios com maior valor adicionado bruto do setor da agropecuária, pois em ambos há aumento da cobertura florestal durante o período estudado. Palavras-chave: mata atlântica; mudança no uso do solo; migração rural-urbana; diagrama de sankey. |