Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
GOETZ, Milena Nunes Bernardes |
Orientador(a): |
BARROS, Iva Carneiro Leão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48761
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Resumo: |
A fragmentação é uma das principais ameaças à biodiversidade, causando alterações na riqueza, composição, estrutura e funcionamento dos ecossistemas. Assim, os objetivos principais deste estudo foram investigar a influência dos efeitos gerados pela fragmentação na Floresta Atlântica Nordestina, como: efeito de borda e alteração na paisagem na diversidade funcional e taxonômica das samambaias (Cap. I) e verificar se ocorre atraso de resposta das samambaias frente a fragmentação (Cap. II). O estudo foi desenvolvido a partir de uma revisão de literatura (Cap. I) e de coletas em sete fragmentos florestais de Floresta Atlântica (Cap. I e II). Foram obtidos um total de 25 traços funcionais relacionados a mudanças ambientais e estratégias de defesa contra dessecação e armazenamento de recursos. A riqueza encontrada foi de 170 espécies (Cap. I) e 77 espécies (Cap. II). Foi observada uma elevada sobreposição dos traços funcionais nos ambientes de borda/interior. Porém, os traços que mais contribuíram para a dissimilaridade funcional entre os ambientes foram a presença de tricomas, textura cartácea e presença de escamas para o interior da floresta e textura papirácea e rizoma ereto na borda. Além disso, ocorreu uma redução na diversidade taxonômica e funcional na borda comparativamente ao interior florestal. As características espaciais das manchas florestais não influenciaram significativamente a diversidade taxonômica e funcional da comunidade. Alguns fragmentos florestais analisados apresentaram maior perda de habitat e outros ficaram mais isolados. Foi observada uma dívida de extinção nos fragmentos florestais, isso porque a comunidade de samambaias obteve relações com a área do fragmento e número de manchas na paisagem do passado e as espécies especialistas de floresta tiveram um tempo de resposta mais rápido. Concluímos que a comunidade de samambaias ocorrentes nesses fragmentos de Floresta Atlântica sofreu impactos negativos frente a fragmentação florestal, resultando em perda da diversidade funcional, filtragem de traços funcionais resistentes à ambientes perturbados e dívida de extinção. Sendo assim, são necessárias ações de restauração da paisagem para garantir a manutenção da diversidade de samambaias e evitar a extinção de espécies futuramente. |