Caracterização físico-química, anatômica e fisiológica de palmito pupunha para processamento mínimo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fonseca, Kelem Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores
Mestrado em Fisiologia Vegetal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
mo
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4341
Resumo: No palmito se distinguem três regiões: basal ou palmito caulinar; mediana ou palmito foliar e palmito foliar apical. O processamento convencional do palmito geralmente descarta as regiões apical e basal, sendo, no entanto, desejável seu aproveitamento integral. Objetivou-se avaliar características físico-químicas, anatômicas e fisiológicas das três regiões de palmito pupunha, visando ampliar o seu potencial de aproveitamento quando comercializado na forma minimamente processada. A caracterização foi realizada em duas etapas: caracterização da matéria-prima e caracterização durante a conservação refrigerada. Na primeira etapa, foram realizadas análises de rendimento, perfil de firmeza, análises químicas, produção de gás carbônico e etileno, e caracterização anatômica. Na segunda etapa, palmitos foram processados seguindo as etapas do processamento mínimo: lavagem e retirada das bainhas de proteção, corte (separação das regiões apical, mediana e basal), sanitização, drenagem e embalagem. As regiões foram conservadas a 5 oC, por 15 dias. Avaliou-se perda de massa fresca, cor, carboidratos além da caracterização histoquímica para identificação de lignina. O aproveitamento total do palmito, padronizado com 70 cm, foi de 85% e 68% em função do comprimento e massa fresca, respectivamente. Ao longo do comprimento do palmito observou-se aumento dos valores de firmeza em direção aos extremos. A região mediana apresentou maiores teores dos parâmetros químicos avaliados. Ao final da conservação, a perda de massa foi de 1,6% para região apical, 1,8% para mediana e 1,3% para a região basal. Ocorreu amarelecimento superficial em todas as regiões evidenciado pelo aumento dos valores da coordenada b*. As regiões apical e mediana apresentaram maiores taxas respiratórias. Após estabilização, as taxas das regiões, tanto inteira quanto cortada, pouco se diferenciaram. Ocorreu aumento na produção de etileno entre regiões em função da intensidade de corte. A região mediana, tanto inteira quanto cortada, apresentou maior produção de etileno mesmo após o período de estabilização. As três regiões apresentaram diferentes graus de diferenciação dos tecidos. A maior proporção de fibras em diferenciação em determinadas regiões pode estar relacionada com a firmeza, embora o grau de lignificação não apresente diferença entre as regiões após conservação refrigerada. Desse modo, as regiões apical e basal podem ser aproveitadas a fim de minimizar os resíduos gerados no processamento mínimo, aumentando o rendimento. O processamento mínimo de palmito deve considerar as diferenças encontradas entre regiões inteiras e cortadas, com vista a embalar e conservar regiões compatíveis com relação às taxas respiratórias, produção de etileno e firmeza.