Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Rojas, Diana Lucia Vargas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7548
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Resumo: |
Piper inclui mais de 1.000 espécies e 285 delas ocorrem no Brasil. Apesar da riqueza em espécies e importância ecológica em florestas brasileiras, por ser um dos mais importantes componentes de sub-bosques, estudos realizados sobre a biologia reprodutiva em Piper são escassos. Entre os aspectos analisados, o hermafroditismo tem sido considerado um atributo reprodutivo basal, mas podem ocorrer variações dessa expressão sexual. Além disso, a dicogamia é comum e a entomofilia e a anemofilia foram registradas ou inferidas. O objetivo deste trabalho foi estudar aspectos da biologia reprodutiva de Piper caldense C. DC., tais como, a sexualidade e funcionalidade das flores, seu sistema reprodutivo e os polinizadores. O estudo foi realizado em indivíduos de população natural de P. caldense na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, em Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais. Foram utilizadas espigas frescas e estocadas em etanol 70% para avaliar a funcionalidade e a dinâmica de exposição das áreas receptivas e da liberação dos grãos de pólen. Informações complementares foram obtidas por meio de estudo morfo-anatômico, utilizando as técnicas usuais de microscopia de luz e eletrônica de varredura. A viabilidade polínica foi testada em 40 espigas utilizando carmim acético. Observações em campo foram feitas para analisar a sexualidade de 50 indivíduos, nos quais se realizaram medições de comprimento e diâmetro em espigas com flores no final da antese. Foram ensacadas 15 espigas para verificar a ocorrência de autopolinização espontânea. A frequência e o comportamento de visita dos polinizadores foram observados durante cinco dias não consecutivos. As inflorescências de P. caldense apresentaram dois morfos florais: estaminado e hermafrodita. Cada morfo encontra-se em espigas diferentes. Esses morfos ocorrem num mesmo individuo, caracterizando a andromonoicia; além disso, foram observados indivíduos apenas com espigas com flores estaminadas. A antese das espigas com flores estaminadas antecedeu a antese das espigas com flores hermafroditas. A dinâmica de liberação de pólen foi assincrônica para os dois morfos. Há protoginia incompleta e a exposição e a senescência das papilas estigmáticas ocorrem de forma gradual e sequencial, em sentido basípeto. Há autoincompatibilidade e, portanto, dependência por polinizadores para que ocorra a frutificação. Quanto aos polinizadores, foram registradas 15 espécies, pertencentes às ordens Hymenoptera e Diptera. Dentre os himenópteros, Apis mellifera foi a espécie mais frequente e entre os dípteros, destacou-se Ocyptamus sp.1. |