Microbiota e atividade funcional da área em reabilitação afetada pelo rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho-MG
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31446 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.017 |
Resumo: | É inegável que a atividade de mineração no Brasil tenha grande importância econômica, contudo, esse tipo de extrativismo é um processo de grande impacto ambiental. Em janeiro de 2019, a barragem B1 de contenção de rejeitos da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho-MG se rompeu liberando cerca de 12 milhões de m3 de rejeito, ficando conhecido como um dos maiores desastres ambientais e de perdas humanas do Brasil. Fez-se então necessário planos para restaurar os ambientes naturais com intuito de garantir o retorno dos serviços ecossistêmicos do habitat de forma sustentável. A mineradora Vale retirou os rejeitos da área afetada, aplicando um projeto piloto de reabilitação denominado Marco Zero, desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura e funcionalidade da comunidade microbiana do solo como parte do monitoramento das atividades de recuperação ambiental nas áreas do Marco Zero. Para isso, foi realizado sequenciamento de 16S rRNA bacteriano para caracterizar a comunidade microbiana, bem como predizer as funções com ênfase nos ciclos biogeoquímicos destes no solo, foi realizado também a quantificação da comunidade microbiana e das comunidades que potencialmente participam do ciclo do nitrogênio. Os resultados observados mostraram que a área em reabilitação afetada com o rejeito de mineração apresentou os indices de diversidade sem diferença estatistica com a área de referência Entretanto, a PcoA revelou que a área em reabilitação é diferente (p > 0,05) da área referência e a análise LEfSe (Linear discriminant analysis effect size) mostrou um maior número de grupos bioindicadores relacionados a remoção de metais pesados na área restaurada, assim como funções relacionadas a degradação de hidrocarbonetos e compostos aromáticos. A quantificação da comunidade microbiana avaliadas pelo gene rRNA 16S e das populações que potencialmente partcipam do ciclo do nitrogênio avaliadas pelos genes amoA e narG não apresentam um padrão claro de diferenciação entre as áreas em reabilitação e as referências, contudo, a presença desses genes foi um indicativo da funcionalidade do ciclo do N nestes ambientes. Ao analisar os pontos relativos à área de reabilitação - pontos de coleta perto da calha do ribeirão (PT1), e os pontos próximos à floresta (PT3) - foi possivel observar na análise de PcoA e nos índices de diversidade que eles divergiram entre si no período seco, onde PT1 apresentou menores indíces de diversidade, e no período chuvoso, essa diferença diminuiu, indicando a umidade como um potencial fator de alteração da comunidade microbiana nas áreas em reabilitação. Isto é um indicativo que o monitoramento da área é de extrema importância para garantir o sucesso do programa piloto de reabilitação, para que ela exiba uma comunidade cada vez mais próxima a uma comunidade microbiana que consegue exercer seus serviços ecossistêmicos. Palavras-chave: Marco Zero. RNAr 16S. Ribeirão Ferro-Carvão. |