Efeitos da ingestão subcrônica de arsênio sobre os testículos de camundongos adultos
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Mestrado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2337 |
Resumo: | A toxicidade de um agente químico depende de sua propensão inerente de produzir danos ao sistema biológico com o qual interage. O arsênio (As), um conhecido poluente ambiental, merece destaque como elemento potencialmente tóxico para a função reprodutiva masculina. A exposição ao As pode afetar o testículo, resultando em efeitos adversos na reprodução, e várias evidências indicam que sua ação tóxica está relacionada ao estresse oxidativo. Com o objetivo de avaliar os efeitos do As sobre os testículos de camundongos adultos, os indicadores: biometria corporal, compartimentos tubular e intertubular e atividade enzimática antioxidante da catalase (CAT) e da dismutase do superóxido (SOD) foram analisados após exposição dos indivíduos a diferentes doses de As. Trinta camundongos suíços adultos foram divididos em três grupos: um grupo controle que recebeu água potável, e dois outros que receberam solução de arsênio nas concentrações de 0,05 (As1) e 1,0 (As2) mg/L, oralmente. O tratamento em ambas as concentrações de arsênio não interferiu de forma significativa na maioria dos parâmetros referentes à biometria corporal e à morfometria tubular. Observou-se aumento na massa dos rins dos animais do grupo As2, sugerindo possível toxicidade neste órgão e maior atividade do mesmo no processo de desintoxicação; houve diminuição da proporção volumétrica da túnica própria e epitélio seminífero e aumento da proporção do lúmen dos animais do grupo As2, indicando possíveis efeitos adversos na espermatogênese, contudo, alterações significativas nas medidas do diâmetro tubular e do epitélio seminífero que confirmassem tais efeitos não foram observadas. No compartimento intertubular, ambas as concentrações de As promoveram redução no volume e diâmetro nucleares das células de Leydig e aumento nas proporções de vasos linfáticos. No entanto, apenas a maior concentração (As2) causou diminuição do volume de células de Leydig no intertúbulo e de sua relação nucleoplasmática. Com relação às defesas antioxidantes enzimáticas, aumento da SOD e diminuição da CAT, sugere-se que há produção de H2O2 aumentada concomitantemente a uma diminuição de defesa antioxidante de CAT, ocasionando estresse oxidativo. Os dados apresentados indicam que ingestão subcrônica de As provoca alterações nas defesas enzimáticas do testículo e afeta sua porção endócrina sem, noentanto, promover modificações relevantes na histologia do compartimento tubular que indiquem mudanças na atividade espermatogênica. |