Resistência do cafeeiro a Meloidogyne exigua: mecanismos de natureza genética e potencializados pelo silício
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Doutorado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1034 |
Resumo: | Meloidogyne exigua constitui-se num dos principais patógenos do cafeeiro no Brasil. Atualmente, sabe-se que a resistência a esse nematóide é conferida por um gene dominante, designado de Mex-1. Entretanto, os mecanismos de resistência em cafeeiro à M. exigua ainda necessitam de esclarecimentos. Assim, o presente estudo objetivou avaliar as respostas de defesa do cafeeiro a M. exigua, genéticos e potencializados pelo silício (Si), além do papel desse elemento na absorção e conteúdo de nutrientes nas raízes e parte aérea de mudas de cafeeiro. As seguintes variáveis foram avaliadas: penetração, desenvolvimento pós-embriogênico e reprodução de populações de M. exigua que diferem quanto à capacidade de infectar o cafeeiro, bem como a histopatologia de raízes inoculadas com M. exigua. O conteúdo de Si nas raízes e o efeito desse elemento no controle de M. exigua, além da análise de algumas variáveis bioquímicas, possivelmente potencializadas por esse elemento, foram também estudadas. Foi demonstrado que a resistência do cafeeiro a M. exigua não é devida apenas à resposta de hipersensibilidade (HR), mas ao conjunto de respostas de defesa, constitutivas e/ou induzidas, após a penetração do nematóide, o qual inibe a formação do sítio de alimentação, provoca a emigração dos J2 e atrasa ou inibe o desenvolvimento e a reprodução do nematóide. Além disso, plantas exibindo resistência de não-hospedeira diferiram das resistentes, considerando que nenhuma evidência de HR foi observada na primeira. As primeiras evidências científicas da absorção de Si pelas raízes de cafeeiro e o efeito positivo do mesmo no desenvolvimento da planta e no controle do nematode foram demonstradas neste estudo. O teor Si atingiu níveis superiores a 1% da matéria seca em raízes de cafeeiro da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44. Esse teor de Si na raiz foi considerado alto considerando que o cafeeiro é uma espécie de dicotiledônea, o que demonstra o efeito promissor desse elemento num sistema de manejo de M. exigua em cafeeiro. O Si influenciou positivamente a absorção e o conteúdo de alguns nutrientes nas raízes e parte aérea do cafeeiro, além de aumentar a resistência do cafeeiro à infecção pelo nematóide. A maior atividade das peroxidases, polifenoloxidases e fenilalanina amônia-liases, além da maior concentração de lignina nas raízes de plantas resistentes e suscetíveis, supridas com Si, indicam claramente que esses mecanismos bioquímicos de resistencia estão associados com a resistência genética e a mediada pelo Si, do cafeeiro a M. exigua. Resutados provados neste estudo suportam a conclusão que a aplicação de Si aumenta a resistência do cafeeiro à M. exigua por afetar o parasitismo do nematóide e potencializar alguns mecanismos bioquímicos de respostas de defesa. |