Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Kamila Emmanuella Xavier de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/32252
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Resumo: |
O inseticida neonicotinoide imidaclopride, tem sido usado amplamente no controle de diversas espécies de insetos – praga, sendo este um dos mais utilizados no controle do E. heros. Riscos de falhas no controle do E. heros para neonicotinoides tem sido relatados em grandes regiões produtoras de soja no Brasil. Assim, o objetivo desse trabalho foi caracterizar a evolução da seleção da resistência ao inseticida neonicotinoide imidaclopride sob condições laboratoriais em duas linhagens de E. heros, Imi-Lab Sel e Imi-Res. Para isto, continuaram a ser realizadas seleções em laboratório, para os insetos de ambas as linhagens através da exposição por 48 h via contato do resíduo seco do imidaclopride, que variou entre a faixa de concentração de 21 a 168 µg i.a./cm2 (equivalente a 5 vezes e 40 vezes a dose de campo, respectivamente). A partir da 21ª geração da Imi – Lab Sel e da 14ª geração da Imi – Res, em razão da dificuldade na dissolução e aplicação do inseticida em concentrações maiores que 168 µg i.a./cm2 , foram feitas seleções com o uso associado ao sinergista Butóxido de Piperonila (PBO), com o intuito de potencializar o efeito tóxico sobre os insetos das duas linhagens. Após 14 gerações para a linhagem Imi- Lab Sel e 12 gerações para a linhagem Imi-Res, estas apresentaram um alto nível de resistência ao imidaclopride chegando a mortalidade de 46% e 40% respectivamente para a concentração de 168 µg i.a./cm2 . A análise de sobrevivência foi realizada por meio de contato e ingestão ao resíduo seco do imidaclopride em dois experimentos, um sem troca de frascos e outro com troca de frascos a cada 72 h. Ambos os frascos tiveram a sua superfície interna previamente impregnada com o controle (i.e. água destilada) e o resíduo seco do imidaclopride. Ambos os experimentos mostraram que as linhagens resistentes apresentaram maior sobrevivência quando expostas por contato e ingestão as concentrações de 4,2 e 12,6 µg i.a./cm2 (equivalente a dose de campo e 3 vezes a dose de campo) do imidaclopride quando comparadas a linhagem suscetível. Análise da taxa respiratória e da massa corpórea mostrou que as linhagens dos E. heros selecionadas ao imidaclopride, resultaram em elevada taxa respiratória para fêmeas e machos da Imi – Lab Sel, assim como, as fêmeas da Imi – Res. Já a taxa respiratória para os machos da Imi-Res foi semelhante, em relação aos insetos da Imi-Lab Sel. A massa corpórea também foi maior para fêmeas e para os machos da Imi – Lab Sel e da Imi – Res quando comparadas com a suscetível. Esses resultados indicam que E. heros são capazes de desenvolver resistência sob pressão de seleção ao imidaclopride em condições de laboratório, e que esta promove maior taxa metabólica associada a maior massa corpórea, sugerindo que o desenvolvimento dos seus possíveis mecanismos de resistência possam estar relacionados com maior requerimento energético. |