Utilização de urina de vaca na produção orgânica de alface

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Nelson Licínio Campos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4652
Resumo: A urina de vaca pode ser considerada um insumo agrícola que possibilita aos agricultores reduzir a dependência de produtos externos à propriedade, sobretudo na produção de hortaliças no sistema orgânico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de alface submetida a concentrações de urina de vaca aplicadas via solo e folhas. O experimento foi conduzido no período de 13/1/2006 a 22/3/2006, na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em ambiente protegido e sistema orgânico de cultivo. Foi constituído de 12 tratamentos, conduzidos no esquema de parcelas subdivididas, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições; nas parcelas foram alocadas as via de aplicação da urina de vaca (solo e foliar) e nas subparcelas, as concentrações das soluções de urina de vaca (0,00, 0,25, 0,50, 0,75, 1,00 e 1,25%). Semanalmente, iniciando após sete dias do transplante das mudas, foram aplicados 5, 5, 10, 20 e 20 mL de solução por planta. A cultivar utilizada foi Regina 2000. A parcela foi constituída por quatro fileiras, em espaçamento de 0,25 x 0,25 m, totalizando 28 plantas; foram consideradas como úteis as seis plantas centrais das duas fileiras centrais. Ao longo do ciclo avaliou-se o estado de nitrogênio e na colheita, número de folhas, área foliar, massa fresca e seca de folhas, caule e raízes, comprimento de caule, volume de cabeça, massa seca e fresca da cabeça, produtividade comercial e teores dos elementos N, P, K, Ca, Mg, S, Na, Zn, Fe, Mn, Cu e B na massa seca da folha, do caule e da raiz. Os dados foram submetidos à análise de variância, teste de Tukey, a 5% de probabilidade e análise de regressão. Quando aplicadas via solo, as concentrações de urina proporcionaram resposta significativa em quase todas as características fitotécnicas avaliadas, com exceção da área foliar; quando aplicadas via folhas, não houve efeito sobre número de folhas, área foliar, massa seca de caule, massa fresca de raiz e volume de cabeça. A aplicação da urina de vaca tanto via folhas quanto via solo não alterou os teores de N, P, K, Ca, Mg, S, Na, Zn, Fe, Mn, Cu e B na folha e no caule; quanto às raízes, somente houve resposta significativa para o P, K, Fe e Mn quando a urina foi aplicada via solo e de Na, quando aplicada via folhas. O incremento linear do índice SPAD foi observado com o aumento da concentração de urina aplicada, assim como resposta quadrática ao longo do tempo. A maior produtividade de cabeça (17,00 Mg ha-1) foi registrada em plantas que receberam solução de urina via folhas à concentração de 1,25%, correspondendo ao aumento de 28,1% em produtividade, comparada à da testemunha; quanto aplicada via solo, na concentração ótima de 1,01%, a produtividade foi de 14,92 Mg ha-1, correspondendo ao aumento de 47,3% em produtividade, comparada à da testemunha. Os efeitos observados sobre crescimento e produção da alface, em razão das soluções de urina aplicada, são devido a fatores outros que não somente quantidade de nutrientes veiculados nas soluções.