A construção da homossexualidade nos espaços escolares: vivências e descobertas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29790 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.407 |
Resumo: | Compreendendo o cotidiano escolar como espaço privilegiado para encontro da diversidade e baseando-se na perspectiva metodológica do movimento de pensamento pós-estruturalista nos estudos teóricos de gênero, saúde e educação, este trabalho teve como objetivo problematizar as vivências de estudantes homossexuais matriculados no ensino médio na Escola Estadual Raimundo Alves Torres (ESEDRAT), nos anos de 2000 a 2021, localizada na cidade de Viçosa, MG. Por meio da técnica de pesquisa conhecida como Snowball, foram selecionados quatro estudantes homossexuais e três estudantes heterossexuais para participarem de dois grupos focais. No primeiro grupo, os estudantes homossexuais produziram narrativas sobre vivências da homossexualidade no ambiente escolar. Já o segundo grupo, formado por estudantes heterossexuais, o objetivo foi compreender sua percepção sobre a homossexualidade na escola. Os sujeitos que compõem as tessituras escolares tendem a legitimar os princípios heteronormativos e, desta maneira, contribuem para a produção da homofobia. Assim sendo, os estudantes homossexuais apresentaram narrativas de bullying homofóbico, exclusão, silenciamento, discriminação e agressões físicas e psicológicas. A fim de amenizarem essas situações, diversas estratégias de resistência foram elencadas, como enfrentamento, amizades homoafetivas, organização de redes de solidariedade, isolamento, ajuda psicológica, negação da homossexualidade, participação no grêmio da escola, entre outros. Os estudantes apresentaram também narrativas de acolhimento e amparo por parte da comunidade escolar, tornando a escola um espaço propício para negociações, transgressões e produção de práticas emancipatórias. Logo, mesmo que narrem adversidades, os alunos sentem-se seguros na escola em questão para expressarem suas identidades. A educação para sexualidade é percebida como estratégia eficaz para o combate a práticas machistas, sexistas e homofóbicas na escola. É necessário, por conseguinte, atenção especial na elaboração de políticas públicas e formação docente para lidarem com questões de gênero e sexualidade nos ambientes escolares, com propostas que visem atender toda a comunidade escolar, desde alunos até funcionários, professores e responsáveis. Palavras-chave: Homossexualidade. Cotidiano Escolar. Educação Básica. |