Polinização entomófila de Cucurbita moschata Poir em áreas agrícolas nos municípios de Viçosa e Paula Cândido, Minas Gerais, Brasil
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4012 |
Resumo: | O trabalho teve por objetivo verificar a entomofauna polinizadora de Cucurbita moschata na região de Viçosa, Minas Gerais, estudar o comportamento desses insetos nas flores e avaliar sua importância para a polinização dessa planta, verificando o papel de cada polinizador, isoladamente. Além de analisar aspectos da biologia floral e padrão diário de atividade dos visitantes florais. O estigma esteve receptivo de 5:00h às 12:00h e a viabilidade dos grãos de pólen foi 96,68%. As espécies de abelhas mais freqüentes nas flores de Cucurbita moschata foram Trigona spinipes, T. hyalinata, Apis mellifera e Melipona quadrifasciata. A maior atividade de abelhas ocorreu entre 7:00h e 10:00h, havendo diferenças nas espécies de abelhas mais abundantes nas distintas áreas de estudo. O comportamento de visita de A. mellifera, M. quadrifasciata, e Bombus morio foi semelhante. Visitavam as flores para coleta de néctar posicionando-se verticalmente entre a corola e as estruturas sexuais das flores, com o dorso voltado para o eixo floral, o que permitia a remoção do pólen das anteras das flores estaminadas e sua deposição nos estigmas das flores pistiladas. T. spinipes e T. hyalinata forrageavam em grupo e monopolizavam as fontes, afugentando outras espécies que tentavam pousar nas flores que ocupavam. As abelhas visitaram as flores apenas para coleta de néctar, não foi observada coleta de pólen, embora seus corpos ficassem repletos de grãos após visitas às flores estaminadas. Não houve produção de frutos quando as flores foram impedidas de receberem visitas dos insetos e a partir de flores visitadas uma única vez por T. spinipes. Quando as flores foram visitadas uma única vez por M. quadrifasciata, B. morio, A. mellifera e T. hyalinata, não houve diferença na porcentagem de frutos produzidos. A produção de frutos não diferiu quando as flores foram polinizadas natural ou manualmente (F=2,53; gl=1; p=0,11). Entretanto, quando as flores foram polinizadas manualmente os frutos foram mais compridos. Diferenças no peso, número de sementes e diâmetros das porções anterior, mediana e posterior do fruto, de acordo com o tipo de tratamento (aberta ou manual), não foram encontradas. Pela análise de regressão múltipla, observou-se que nas condições das localidades estudadas, não houve efeito das variáveis abióticas temperatura, umidade relativa do ar e luminosidade, sobre o número total de abelhas coletadas. Mediante a análise de regressão simples com os dados de luminosidade e número de indivíduos de A. mellifera foi observada uma probabilidade de 98% de chance da luz explicar o número de indivíduos de A. mellifera coletados (r2=0,13; p=0,02). Entretanto, o padrão de atividade desta espécie pode estar associado ao forrageamento intenso das espécies de Trigona, que monopolizam as flores e apresentam comportamento agressivo. |