Estrutura setorial, produtividade e crescimento econômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bolina, Lídia Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29826
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.222
Resumo: A estagnação e o decrescimento da produtividade tem sido uma realidade para os países da América Latina, como o Brasil. Em contraste, vários países asiáticos têm experimentado uma escalada considerável de ascensão na economia mundial vivendo um verdadeiro processo de catching up. O presente trabalho se debruçou sobre as origens para estas disparidades e apontou a estrutura setorial e sua mudança (structural change) como importantes para explicar o desempenho econômico. Objetivou-se analisar a evolução da produtividade setorial do trabalho brasileira entre 1950 e 2018 e decompor a causa da variação de produtividade no país neste período entre causas intrasetoriais e causas ligadas a mudança estrutural. Além disso, buscou-se realizar uma comparação internacional de produtividade setorial do trabalho entre Brasil, Coréia do Sul e China e compreender as disparidades destes países por meio da análise de suas decisões políticas, macroeconômicas e sociais. Por fim, objetivou-se analisar a influência da produtividade setorial sobre o crescimento do PIB per capita. No intuito de alcançar estes objetivos foram utilizados o método de decomposição conhecido por Shift Share e uma regressão econométrica. Os resultados apontam para uma estagnação da produtividade industrial brasileira nas últimas décadas, e inclusive um declínio no período mais recente avaliado de 2012-2018. Na comparação internacional de produtividade do trabalho industrial, a Coréia do Sul foi o país de maior produtividade desde a década de 90, o Brasil tem demonstrado certa estagnação e a China somente em 2015 ultrapassou o Brasil. Na análise de shift share o período entre 1950 a 1979 foi identificado como de elevado percentual acumulado de produtividade do trabalho para o Brasil. O período de 1980 a 1994, contudo, foi marcado pelo crescimento negativo da mesma. O período que se seguiu foi de recuperação econômica, mas os ganhos de produtividade do período 1950-79 não mais foram recuperados e o período de 2012 a 2018 apresentou componente intrasetorial e mudança estrutural negativos. O efeito de mudança estrutural foi importante contribuindo para a elevação de produtividade, especialmente entre 1950 a 2011. Por fim, o presente trabalho identificou por meio da estimação econométrica uma relação positiva entre a variável de produtividade industrial e o PIB. O mesmo também se identificou entre a variável de produtividade da manufatura e o PIB. Palavras-chave: Produtividade. Mudança Estrutural. Falling Behind.