Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ávila, Mariane Borges Rodrigues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6782
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Resumo: |
Agrotóxicos são usados globalmente para a proteção de alimentos contra o ataque de pragas. Entre os compostos mais utilizados como inseticidas protetores, têm-se os pertencentes ao grupo químico dos piretroides. A utilização desses compostos teve uma crescente expansão, aumentando a quantidade de resíduos nos alimentos. Isso pode ser um risco à população e ao meio ambiente, devido aos efeitos adversos que podem causar em longo prazo. Nesse contexto, é necessário estudar a dissipação e translocação de resíduos de agrotóxicos em alimentos, bem como desenvolver estratégias para remoção ou redução desses resíduos de agrotóxicos que permanecem nos alimentos antes que estes cheguem ao consumidor. Os tratamentos utilizando ozônio vêm, nos últimos anos, sendo estudados como alternativa para descontaminação de alimentos por apresentarem uma série de vantagens, como, por exemplo, o alto potencial de oxidação do ozônio mesmo em baixas concentrações. O presente trabalho consta de duas partes. Na primeira foi avaliada a dissipação de resíduos de bifentrina e deltametrina em grãos de arroz com casca e a translocação desses resíduos da casca para os grãos de arroz descascados durante 35 dias de armazenamento. Para determinação dos resíduos dos inseticidas, dois métodos de extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL/PBT) foram otimizados e validados, e a quantificação de bifentrina e deltametrina em amostras de arroz com e sem casca foi feita por cromatografia gasosa com detector por captura de elétrons (CG/DCE). O método para arroz com casca apresentou valores de recuperação entre 95 e 105% e repetitividade com coeficientes de variação ≤ 5%. Os limites de detecção e quantificação para bifentrina foram de 0,03 e 0,09 mg kg-1 e, para deltametrina, de 0,018 e 0,060 mg kg-1, respectivamente. O método para arroz sem casca mostrou valores de recuperação entre 98 e 101% e repetitividade com coeficientes de variação ≤ 7%. Os limites de detecção e quantificação para bifentrina foram de 0,01 e 0,03 mg kg-1 e, para deltametrina, de 0,023 e 0,070 mg kg-1, respectivamente. Observou-se dissipação de até 40% dos resíduos de deltametrina após 15 dias de armazenamento do arroz com casca. Para o inseticida bifentrina, não foi significativa a dissipação durante os 35 dias de armazenamento. Verificou-se, também, que os inseticidas não translocaram da casca para os grãos de arroz descascados destinados ao consumo final. No segundo capítulo, avaliou-se a degradação de resíduos de bifentrina e deltametrina de amostras de arroz utilizando-se o gás ozônio como agente de degradação. Essa estratégia permitiu a remoção de 91,9% de bifentrina e de 92,7% de deltametrina dos grãos de arroz expostos ao gás ozônio na concentração de 3 mg kg-1 e vazão de 1 L min-1 por 10 e 5 h, respectivamente. O tratamento com ozônio não alterou os padrões de comercialização avaliados. O gás ozônio se mostrou promissor no tratamento de grãos de arroz armazenados para remoção de resíduos de inseticidas piretroides. |