Capitalismo, urbanização e campesinato: transformações socioespaciais nos municípios de Brás Pires e Viçosa (Minas Gerais) na segunda metade do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Soares, Josarlete Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19984
Resumo: Este trabalho revisita um processo socioespacial de grande magnitude: a urbanização brasileira, tratando-a como a mais profunda e, principalmente, acelerada mudança na organização territorial de nossa população desde a chegada do colonizador europeu. Durante a segunda metade do século XX, grande parte da população brasileira irá passar de um modo de reprodução social ancorado no mundo rural e na economia de subsistência para um modo de reprodução social eminentemente urbano, fundamentado na economia de troca. Tal processo e as transformações dele decorrentes estão no centro da discussão empreendida ao longo deste trabalho. Tomando como universo empírico os municípios de Viçosa e Brás Pires, no interior do estado de Minas Gerais, interessa aqui averiguar o modo como suas populações rurais vivenciaram a urbanização em seus municípios e em suas vidas, como foram alteradas as tradicionais relações sociais de produção locais e foram adotadas as relações sociais de produção capitalistas. O foco de nossa discussão recai, então, na passagem de uma sociedade eminentemente camponesa à sociedade de mercado no contexto da urbanização brasileira. Tendo como referência entrevistas realizadas junto a idosos residentes nos dois municípios supracitados, nossa análise permitiu visualizar como o sistema capitalista tem transformado o modo como a sociedade humana organiza seu espaço de vida, conduzindo-a para uma organização social mais concentrada e apartada da natureza, que se materializa nas cidades, mas se impõe virtualmente a todos os lugares.