Germinação e caracterização bioquímica em genótipos de soja sob efeito do alumínio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva Junior, Dalton Dias da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29033
Resumo: A acidez encontrada no solo da região do cerrado brasileiro é um fator limitante para produção agrícola. Em solos ácidos, com pH menor que 5.0, a toxicidade por alumínio (Al) resulta em redução do crescimento e desenvolvimento de plantas que não são adaptadas a essa condição de acidez. O cátion Al 3+ , formado devido ao pH ácido, em contato com a célula vegetal, resulta em interações complexas com a parede celular e o citoplasma favorecendo a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). As respostas bioquímicas e fisiológicas das plantas sob efeito fitotóxico do Al, são descritas no estádio pós-germinativo. Para cultura da soja faltam informações a respeito das alterações bioquímicas que podem ocorrer durante a germinação e o estabelecimento da plântula sob efeito desse metal pesado. O principal objetivo desta pesquisa é identificar a sensibilidade ao Al em 29 genótipos comerciais da soja e, avaliar quais alterações bioquímicas ocorrem no estádio germinativo e no estabelecimento da plântula. Os 29 genótipos avaliados apresentam redução na germinação, no crescimento da radícula e do hipocótilo sob efeito do Al. Dentre esses, é possível identificar genótipos mais sensíveis a presença do Al. Devido a diversidade apresentada dos genótipos estudados, foi realizado a seleção de cinco genótipos que apresentaram diferença na sensibilidade ao Al. As alterações bioquímicas demonstram que o metabolismo de carboidrato foi reduzido e o conteúdo de prolina e nitrato aumentou sob efeito do Al. O conteúdo de ácidos orgânicos, fumarato e malato, aumentou em todos os genótipos avaliados. O conteúdo de MDA foi maior em comparação ao tratamento controle. As enzimas do metabolismo antioxidativo obtiveram maior ação catalítica para promover a detoxificação das EROs. O aumento na concentração de malato indica que o mecanismo de tolerância ao Al existente na cultura da soja promove a formação de complexo com o Al. O aumento no conteúdo de prolina e na atividade catalítica da CAT e POX são traços bioquímicos responsivos a presença do Al durante a germinação da soja. As alterações bioquímicas observadas são de fundamental importância para o melhoramento da cultura da soja em ambientes que apresente elevada concentração de Al. Palavras-chave: Glycine max, metabolismo, estresse oxidativo.