Obtenção pela técnica de microfluídica de microcápsulas de alginato de cálcio contendo o óleo essencial do cravo-da-índia e avaliação de atividade larvicida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Condé, Débora Teodoro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Engenharia Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31655
Resumo: Os óleos essenciais (OEs) possuem aplicações diversas como, por exemplo, atividade antibacteriana, antifúngica, entre outras. Porém, são suscetíveis à oxidação na presença de ar, luz e umidade e são sensíveis ao calor. Neste sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de técnicas de microencapsulamento para aumentar o tempo de vida útil dos OEs. Neste trabalho, o OE foi obtido a partir do cravo-da-índia (OEC) por hidrodestilação e caracterizado por cromatografia gasosa (CG), RMN, Raman, FTIR. Os compostos majoritários encontrados na análise feita pela técnica CG, foram o eugenol (83%), acetato de eugenol (9%) e β-cariofileno (8%), respectivamente. O OEC foi encapsulado por extrusão utilizando um dispositivo microfluídico. Para fazer as microcápsulas, foram utilizados solução de alginato de sódio (0,0150 g mL -1 ) como material de parede, a solução surfactante dodecil sulfato de sódio - SDS (0,0288 g mL -1 ) para formação de emulsões contendo o óleo, e solução de CaCl 2 (0,0147 g mL - ) como agente reticulante. Foram avaliados diferentes parâmetros na formação das cápsulas, como massa de OEC, volume de solução de alginato, volume de solução de SDS e volume de solução de CaCl 2 , que foram, respectivamente, iguais a 0,0751 g, 20,00 mL; 4,00 mL e 20,00 mL para OEC-CapA, 0,0751 g, 20,00 mL; 4,00 mL e 40,00 mL para OEC-CapB, 0,0375 g, 10,00 mL; 1,00 mL e 40,00 mL para OEC-CapC e 0,1500 g, 10,00 mL; 1,00 mL e 40,00 mL OEC-CapD. Os tamanhos das cápsulas foram de 197,2 ± 0,04 μm, 222,4 ± 0,05 μm, 227,6 ± 0,08 μm e 164,7 ± 0.03 μm para OEC-CapA, OEC-CapB, OEC-CapC, OEC-CapD respectivamente, com rendimento de encapsulação de (55,0 ± 6,3) %, (29,0 ± 7,2) %, (59,9 ± 11,2) % e (63,7 ± 14) %, respectivamente. A cápsula de maior rendimento e menor tamanho (OEC-CapD) foi selecionada para os demais ensaios. Grupos funcionais característicos do OEC presentes na cápsula foram identificados por Espectroscopia na região do Infravermelho e Raman. Por análise termogravimétrica, observou-se que a cápsula aumentou a estabilidade térmica do óleo essencial de 162 para 230 °C. Foi realizado a liberação controlada da cápsula (OEC-CapD), sendo possível observar um perfil de liberação com comportamento exponencial (R 2 =0,997), com tempo de equilíbrio de 72 h e liberação de 54 % de OEC. Por fim, foi feita uma aplicação do OEC puro em larvas de Aedes aegypti nos quais, o CL 50 foi de 74,4 ppm e CL 90 de 106,2 ppm. As cápsulas também foram avaliadas, podendo-se observar seu efeito tóxico contra Aedes aegypti. Pode-se concluir, portanto, que as cápsulas apresentam potencial de aplicação no controle de das larvas de Aedes aegypti, porém melhorias devem ser efetuadas para aplicação. Palavra-chave: Microencapsulação. Aedes aegypti. Liberação controlada. Constituintes voláteis. Eugenia caryophyllata.