Anatomia foliar, prospecção fitoquímica e da atividade antioxidante de extratos de Ficus subgênero Pharmacosycea (Miq.) Miq. (Moraceae)
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Doutorado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/375 |
Resumo: | As dificuldades encontradas na identificação e delimitação das espécies do subgênero Pharmacosycea podem ser mitigadas com a associação de estudos anatômicos das folhas à taxonomia convencional. Soma-se a isso, a importância medicinal e farmacológica de Ficus que deve ser melhor investigada nas espécies brasileiras, onde os estudos são voltados, sobretudo, para à investigação de suas propriedades vermífugas. Os objetivos deste trabalho foram: (1) realizar o estudo anatômico das folhas das espécies de Ficus subgênero Pharmacosycea, visando à seleção de caracteres úteis para a taxonomia do grupo; (2) realizar o estudo histoquímico das folhas e a prospecção fitoquímica e da atividade antioxidante de extratos de espécies de Ficus subgênero Pharmacosycea. O estudo anatômico foliar dessas espécies e as análises fenéticas conduzidas neste trabalho confirmam a importância da anatomia da folha como subsídio para taxonomia de Ficus. Mais da metade das espécies do subgênero Pharmacosycea seção Pharmacosycea poderão ser reconhecidas em fase vegetativa a partir desse trabalho. A ausência de monocristais prismáticos e de fibras pericíclicas anteriormente apontadas como diagnósticas para o subgênero Pharmacosycea são inconsistentes. Não foi possivel separar as espécies estudadas nas subseções Bergianae e Petenenses a partir do contorno e distribuição dos feixes vasculares do pecíolo como proposto na literatura. A presença de epiderme lisa e de periderme que descama, foram as únicas características anatômicas que deram suporte à subdivisão da secão Pharmacosycea nas subseções Bergianae e Petenenses, respectivamente. O número e distribuição dos cordões de floema na medula do pecíolo e da nervura principal são características anatômicas promissoras para a taxonomia da seção Pharmacosycea. Entretanto, devem ser avaliadas em um número maior de espécies para confirmar a validade das mesmas na taxonomia do subgênero Pharmacosycea, como também nos outros subgêneros e seções de Ficus. A composição química dos extratos das seis espécies de Ficus subgênero Pharmacosycea estudadas mostrou-se bastante heterogênea, sendo taninos e flavonoides as únicas classes de substâncias que ocorrem em todas as espécies. As análises histoquímicas demonstraram que os tricomas e o parênquima paliçádico são os principais sítios de acúmulo de fenólicos, enquanto os laticíferos são os principais sítios de acúmulo de proteínas, lipídios e terpenos. Os extratos etanólicos brutos das seis espécies de Ficus subgênero Pharmacosycea estudadas são ricos em compostos fenólicos que apresentam ação antioxidante. F. piresiana é a espécie mais promissora para estudos futuros relacionados ao potencial antioxidante de Ficus subgênero Pharmacosycea nativas do Brasil. |