Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza, Pedro Paulo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7591
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Resumo: |
A determinação das espécies de Ficus subgênero Urostigma é um processo que requer conhecimento empírico das espécies e em fase vegetativa o reconhecimento se torna mais complexo e difícil. Além disto, o uso das figueiras pelas comunidades da Mata Atlântica tem se perdido ao longo dos anos sem ao menos ocorrerem registros destas informações e, o mais preocupante, a extinção deste conhecimento junto aos informantes mais idosos. A anatomia foliar associada à taxonomia convencional representa uma forma significativa e importante na solução de problemas taxonômicos do grupo, selecionando caracteres úteis para a taxonomia do subgênero Urostigma. A elaboração de chave dicotômica para a identificação das espécies em estágio vegetativo, indicando outros caracteres para esclarecer problemas taxonômicos existentes, como eleger caracteres anatômicos diagnósticos que facilitem o reconhecimento das espécies é essencial dentro de um grupo pouco esclarecido. Os objetivos deste trabalho foram: realizar o estudo anatômico foliar de Ficus subgênero Urostigma (Gasp.) Miq. e o estudo etnobotânico de Ficus L. O estudo da anatomia foliar e as análises fenéticas realizadas confirmam a importância da anatomia foliar como ferramenta elucidativa na taxonomia de Ficus. A partir deste trabalho espécies do subgênero Urostigma poderão ser reconhecidas em fase vegetativa e espécies confundidas na determinação quando em estágio vegetativo ou mesmo reprodutivo poderão ser diferenciadas a partir dos caracteres anatômicos foliares. O estudo etnobotânico de espécies de Ficus realizado em 59 comunidades distribuídas pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro no bioma de Mata Atlântica, nas regiões da Serra da Mantiqueira, Serra da Bocaina, Serra do Mar e Zona da Mata Mineira representam um passo significativo no reconhecimento deste gênero nas atividades mais diversas das comunidades. As informações etnobotânicas e coleta de material vegetal para herborização foram realizadas de abril de 2012 até maio de 2014 com 105 informantes. As lideranças e membros das comunidades foram abordados através da metodologia “bola de neve”. Foram identificadas 16 espécies nativas de Ficus pertencentes aos subgêneros Pharmacosycea e Urostigma, inseridas em 18 categorias de uso. As espécies com maior número de citações foram Ficus glabra, F. gomelleira e F. adhatodifolia. Ficus glabra e F. gomelleira foram citadas em todas as categorias de uso. Todas as espécies foram citadas nas categorias religiosa e mística, sombra e utensílios domésticos. Uso pela fauna foi a quarta mais representativa com 14 espécies. Alimentação, lazer, medicinal e utilização para móvel ocuparam a quinta posição com 10 espécies. Este trabalho expressa a relação e o conhecimento que as populações tradicionais possuem de seu ambiente, demonstrando o valioso conhecimento sobre as utilidades das figueiras. |